terça-feira, 23 de junho de 2015

SANS LE SOLEIL LES CHOSES SONT... O QUE SÃO: TREVAS

Luz: simplesmente a luz
   
   
Redação - (Quarta-feira, 21-01-2015, Gaudium Press) -
 "Sans le soleil le chose sont tel comme sont!" Essa frase em francês poderia ser traduzida literalmente, como: Sem o sol as coisas são o que são...
 
A luz, de fato, derrama sobre a realidade matizes, que a própria realidade não tem. Traz um mundo de verdades revestidas com roupas de gala e produz no conhecimento humano um encanto que ajudará o entendimento nas deduções sobre o mundo que o rodeia.
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É como o brincar de uma pedra preciosa com a luminosidade que recebe do exterior: o brilho vem de fora, mas o diálogo, a resposta, as mil correspondências de cintilares, como as informações e as ideias, se produzem dentro da joia.
Encontramos nas várias línguas a palavra "luz" escrita e falada de modos diferentes.
No idioma português ela é, simplesmente: luz. Apenas três letras que parecem brilhar na elegância do "l", na profundidade da vogal "u", e na consoante "z", que parece jogar sobre a palavra, com sua simplicidade, luz.
No francês, luz é "lumière". Tanto a expressão escrita, quanto a pronúncia produz no interlocutor uma sensação agradável de brilho, pureza, esplendor.
A terra é iluminada pelo sol. Ele dá vida a todos os viventes; é fonte de iluminação e calor; faz crescer vegetais e animais. Quando Deus criou a luz viu que havia nela bondade.
Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas. (Gn 1, 4), e ainda, Deus chamou à luz dia, e às trevas noite. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o primeiro dia. (Gn 1, 5) A esse primeiro dia sucederam-se outros. Vieram as décadas, os séculos e milênios, marcados pelos pores-do-sol e auroras. E sobre elas entrepondo-se sempre, luz e trevas.
A luz representa sempre o bem, as trevas o mal: É arrojado da luz para as trevas, é desterrado do mundo. (Jó 18, 18). Não há entre esses dois elementos uma composição, um acerto, um aperto de mãos.
A falta da luz também é sinal de maldição. O santo Jó canta esse versículo amaldiçoando àqueles que não podem contemplar essa bondade de Deus. Afirma: que as estrelas de sua madrugada se obscureçam, e em vão espere a luz, e não veja abrirem-se as pálpebras da aurora. (Jó 3, 9) E, ainda nos lábios de Jó, encontramos luz como sinônimo de felicidade. Ele se lamenta dizendo: Esperava a felicidade e veio a desgraça, esperava a luz e vieram as trevas. (Jó 30, 26)
Deus deu ao homem a inteligência que o distingue dos animais: é a luz da razão. Ela é mais bela que as auroras, as constelações e as pedras preciosas. Pois, é através dessa luz da razão que o homem pode ver, julgar e agir. Por essa luz pode amar seu Criador e saber que existe. Nessa luz ele consegue entender e fazer-se entender com seus semelhantes.
E quando, por culpa própria, o homem age contra à lei Divina ou natural; obscurece-se seu juízo e cabe a pergunta: eles possuíram luz suficiente para poder perscrutar a ordem do mundo, como não encontraram eles mais facilmente aquele que é seu Senhor? (Sb13, 9).
E essa indagação ganha mais força e significado em nossos dias, quando as incontáveis crises assolam o planeta: O ser humano parece afetado em seu discernimento, pois são rebeldes à luz, não conhecem seus caminhos, não habitam em suas veredas. (Jó 24, 13)
 
Qual a solução para uma crise tão universal?
Falou-lhes outra vez Jesus: Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida. (JO 8:12)
Por Lucas Miguel Lihue

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