domingo, 31 de maio de 2015

S. JOSÉ ADVOGADO DAS CRIATURAS DE DEUS!

É imenso o poder de São José junto a Deus. Os santos atestam e a experiência confirma: São José obtém tudo o que pede a Deus.
 
 
 
 
 
 
Pai Putativo de Jesus Cristo e Esposo de Maria, não há santo mais poderoso no Céu que S. José para nos valer e proteger em todas as necessidades.
O santíssimo José nos pode ver e valer em todos os negócios e necessidades, é a opinião de Santo Tomás de Aquino.
Invocamos aos santos, diz S. Francisco de Sales, para algumas necessidades particulares, como se as graças e os dons dos milagres fossem divididos por cada um, em proporções limitadas.
S. José, porém, tem o remédio geral para todas as necessidades do corpo e da alma no crédito que possui junto de Nosso Senhor.
Santa Teresa e Santo Afonso dizem o mesmo. Aos outros santos recorremos em uma ou outra de nossas necessidades. O poder de S. José, porém, se estende a todas, não tem limites.
E a Igreja o confirma na oração e oficio de S. José, em 19 de março: “Ut quod possibiliatas nostra non obtinet, ejus nobis intercessione donetur”. O que não pode alcançar e nossa fraqueza, obtenha-nos a sua intercessão.
De S. José, como de Maria, escreveu o P. V. Mercier, se pode dizer que é a Omnipotentia supplex, a onipotência suplicante.
A intercessão de S. José junto de Deus e de Maria, demonstra o grande Gerson, é a de um Pai e Esposo sempre obedecido. Com que segurança e com que autoridade não pede ele pelos seus devotos!
O poder de S. José é imenso.
Para o demonstrar S. Bernardino de Sena assim fala: Não podemos duvidar que Jesus Cristo conserva sempre no Céu para com S. José a ternura e respeito que lhe testemunhou outrora na terra, isto é, ternura e respeito de filho. Bem longe de ser diminuída, esta piedade filial vai crescendo sempre.
“Notem-se, acrescenta Santo Afonso, as palavras: ternura e respeito; elas significam que este Soberano Senhor que se dignou de venerar a S. José cá no mundo como a seu Pai, não lhe nega coisa alguma daquilo que ele lhe pede”.
A experiência faz dizer a Santa Teresa: “Conhecendo por longa experiência o admirável poder que S. José goza junto de Deus, quisera persuadir a todo mundo a honrá-lo com uma devoção particular.
Notei sempre que progrediam na virtude pessoas que lhe tinham verdadeira devoção.
Contento-me com pedir, por amor de Deus, àqueles que não quiserem acreditar em mim, que façam disto experiência”.
A história do outro José do Egito e o poder de vice-rei que lhe deu o Faraó é já lugar comum na comparação :de todos os autores Josefinos, para demonstrar o poder de S. José junto de Deus.
A Igreja chama ao santo Patriarca: Ministrum salutis… certa spes vitae columenque mundi: Ministro de nossa salvação… segura esperança da vida e sustentáculo do mundo.
Seria impossível citar quantos Doutores, santos, e autorizados teólogos escreveram sobre o poder de S. José.
Todos são unânimes em confirmar esta verdade mil vezes provada pela experiência: tudo se alcança pela intercessão, pela onipotência suplicante de S. José.
E delicadamente concluiu Padre Sauvé no seu “Saint Joseph intime”: S. José possui uma caridade capaz de amar a Deus com um amor, paternal e abraçar com o mesmo paternal amor a Igreja e cada um de nós e isto com a irresistível influência que tão grande amor lhe dá.
Oh! Vamos a S. José com tanto mais confiança quanto sabemos que nossa oração há de ser atendida pelo maior e mais poderoso dos advogados junto de Deus, depois de Maria.
José e Maria são a omnipotentia supplex: a onipotência suplicante.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

JESUS NOS ESPERA NO SANTÍSSIMO SACRAMENTO DO ALTAR

Oração a Jesus Sacramentado
Eucaristia.jpg
    Senhor meu Jesus Cristo, que, por amor aos homens, ficais dia e noite neste Sacramento, todo cheio de misericórdia e amor, esperando, chamando e acolhendo todos os que vêm visitar-Vos, eu creio que estais presente no Sacramento do altar. Adoro-Vos do abismo do meu nada e agradeço-Vos todas as graças que me tendes feito, especialmente a de Vos terdes dado a mim neste Sacramento, a de me haverdes concedido por advogada Maria, vossa Mãe Santíssima, e finalmente, a de me haverdes chamado a visitar-Vos nesta igreja.

Saúdo hoje o vosso Coração amantíssimo e quero saudá-lo por três fins: primeiro, em agradecimento pelo grande dom de Vós mesmo; segundo, em reparação das injúrias que tendes recebido, neste Sacramento, de todos os vossos inimigos;terceiro, com a intenção de Vos adorar, por esta visita, em todos os lugares da Terra onde Vós, neste divino Sacramento, estais menos reverenciado e mais abandonado.
Meu Jesus, amo-Vos de todo o meu coração. Arrependendo- me de, no passado, ter ofendido tantas vezes a vossa bondade infinita. Proponho, com a vossa graça, não mais Vos ofender no futuro. E nesta hora, embora miserável como sou, eu me consagro todo a Vós e Vos dou e entrego a minha vontade, os meus afectos, os meus desejos e tudo o que me pertence. Daqui em diante fazei de mim, e de tudo o que é meu, o que Vos aprouver. Somente Vos peço e quero o vosso santo amor, a perseverança final e o perfeito cumprimento da vossa vontade.
Recomendo-Vos as almas do Purgatório, especialmente as mais devotas do Santíssimo Sacramento e da Santíssima Virgem Maria. Recomendo-Vos também todos os pobres pecadores. Enfim, meu amado Salvador, uno todos os meus afectos aos afectos do vosso Coração amantíssimo e, assim unidos, eu os ofereço a vosso Eterno Pai, pedindo-Lhe, em Vosso nome e por vosso amor, que Se digne de os aceitar e atender. Assim seja.

Santo Afonso Maria de Ligório -
Oração para antes da Visita ao Santíssimo Sacramento 
(Revista Arautos do Evangelho, Out/2009, n. 94, p. 40

domingo, 24 de maio de 2015

OS TRÊS OLHARES DE JESUS COM QUAL DELES ME OLHA HOJE?

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 22-05-2015, Gaudium Press) -
 
 Na homilia que o Papa Francisco desenvolveu na Casa Santa Marta, durante a Missa matutina desta sexta-feira, 22/05, ele comenta o diálogo entre Jesus e Pedro, narrado no Evangelho da liturgia do dia - (João 21, 15-19).
casa santa marta.jpg

Qual o olhar de Jesus sobre mim, hoje?
Segundo o Evangelho, Jesus ressuscitado manifesta-se a seus discípulos e, depois de comerem, inicia-se um diálogo entre Jesus e Pedro.
Neste episódio, o Papa diz poder ver manifestados três olhares diferentes do Senhor sobre o Apóstolo:
A)o olhar da eleição;
B) o olhar do arrependimento;
C) o olhar da missão.
O entusiasmo
No início do Evangelho de João, André vai até seu irmão Pedro e lhe diz: "Encontramos o Messias!", há um olhar de entusiasmo.
Jesus fixa o seu olhar sobre Pedro e lhe diz:
"Tu és Simão, o filho de João. Chamar-te-ás Cefas": "É o primeiro olhar, da missão".
Houve o "primeiro olhar: a vocação e um primeiro anúncio da missão".
E Francisco pergunta: "E como está a alma de Pedro neste primeiro olhar?
- Entusiasmada. .

O arrependimento
A seguir, o Papa dirigiu seu olhar para a noite dramática da Quinta-feira Santa, quando Pedro renega Jesus três vezes:
"Perdeu tudo. Perdeu o seu amor" e quando o Senhor cruza o seu olhar, chora.
"O Evangelho de Lucas diz: ‘E Pedro chorou amargamente'. Aquele entusiasmo de seguir Jesus se tornou choro, porque ele pecou: ele renegou Jesus. Aquele olhar muda o coração de Pedro, mais do que antes. A primeira mudança é a troca de nome e também de vocação. Este segundo olhar é um olhar que transforma o coração e é uma mudança de conversão ao amor".
Há o olhar do encontro depois da Ressurreição, lembrou Francisco. "Sabemos que Jesus encontrou Pedro, diz o Evangelho, mas - observou o Papa - não sabemos o que foi dito".A missão
O olhar descrito no Evangelho de hoje "é um terceiro olhar: o olhar é a confirmação da missão, mas também o olhar no qual Jesus" pede confirmação do amor de Pedro.

Por três vezes o Senhor pede a Pedro a "manifestação do seu amor" e exorta-o a apascentar suas ovelhas.
Na terceira pergunta Pedro "ficou triste, quase chora":
"Entristecido porque pela terceira vez lhe perguntava ‘Você me ama?'". E ele diz: ‘Mas, Senhor, tu sabes tudo. Tu sabes que eu te amo'.

Jesus respondeu-lhe: ‘Apascenta as minhas ovelhas'. Este é o terceiro olhar, o olhar da missão.

Para Francisco, o primeiro olhar foi o olhar da eleição, do qual nasceu o entusiasmo de seguir Jesus. O segundo olhar foi o olhar do arrependimento, nascido momentos depois do imenso pecado de negar a Nosso Senhor. O terceiro olhar foi o olhar da missão: ‘Apascenta as minhas ovelhas'; 'Cuide das minhas ovelhas'; ‘Apascenta as minhas ovelhas'.
Deixemo-nos olhar por Jesus
O Papa comenta que o olhar de Jesus "não termina aí": "Jesus vai mais além e diz a Pedro: "Você faz tudo isso por amor, e depois? Você vai ser coroado rei? Não".
Jesus diz a Pedro que ele também deverá segui-lo no caminho da Cruz.

Francisco, através de perguntas, dialoga com os presentes, levando-os a examinar a própria consciência, e convida-os a rezar:
"Também nós podemos pensar: qual é hoje o olhar de Jesus sobre mim? Como Jesus olha para mim? Com um chamamento? Com um perdão? Com uma missão?
No caminho que Ele fez todos nós estamos sob o olhar de Jesus. Ele sempre olha para nós com amor. Ele nos pede algo, nos perdoa algo e nos dá uma missão.
Agora, Jesus está sobre o altar, diz o Pontífice, cada um de nós pense: 'Senhor, Tu estás aqui, entre nós. Fixa o Teu olhar em mim e me diga o que devo fazer; como devo chorar os meus erros, os meus pecados; com qual coragem devo continuar no caminho que Tu fizeste por primeiro".
Neste dia, concluiu o Papa Francisco, nos fará bem reler este diálogo com o Senhor e pensar "no olhar de Jesus sobre mim". (JSG)
Da Redação Gaudium Press, com informações Rádio Vaticano
Conteúdo publicado em gaudiumpress.org, no link http://www.gaudiumpress.org/content/69993#ixzz3b4nae1U9
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

A EUCARISTIA DÁDIVA DE AMOR MAIOR!

Eucaristia: enorme prova do amor de Cristo
 
 Nosso Senhor Jesus Cristo que curava, exorcizava ou ressuscitava quando via, diante de si, corações receptivos ao divino dom da Fé. Com toda glória que manifestou no Thabor, com toda a sublimidade da sua agonia no Gólgota, Ele vem hoje até nós e se faz realmente presente, oculto sob as espécies eucarísticas.
Pungente situação.
 
Reportemo-nos às estepes de Jerusalém há mais de dois mil anos. Coloquemo-nos no lugar de um desses privilegiados homens que tiveram a oportunidade de ouvir algo acerca de Nosso Senhor Jesus Cristo: Mestre prodigioso em milagres, Jesus cura o paralitico na piscina de Siloe_Copia de Bartolome Esteban Murillo - Hospital de La Caridad - Sevilha.jpgandava pelas estradas da Galileia e da Judeia, curando leprosos, ressuscitando mortos, ensinando uma doutrina impregnada de paz e de amor ao próximo. Se um de nós fosse à sua procura, entrasse na cidade de Jerusalém, precisamente naquela histórica Quinta-Feira Santa à noitinha... Procurasse um albergue e fosse dormir na esperança de, no dia seguinte, encontrar pessoalmente esse Jesus, falar com Ele, fitar o seu olhar e, mais que tudo, ser olhado por Ele!
Inesperadamente, fosse acordado de madrugada com tumultos, correrias, agitações e, saindo à rua, visse esse Divino Homem ensanguentado, carregando uma imensa cruz, injuriado pelos soldados, pelos algozes, pelo populacho... Assistisse à sua Crucifixão, à sua Morte e, desolado, voltasse para a hospedagem pensando n'Ele, lembrando-se d'Ele, e horrorizado com tudo o que acabava de presenciar... Tempo depois, quando já estivesse longe da Cidade Santa, ouvisse correr um rumor reconfortante: "Olhe, aquele Jesus de Nazaré ressuscitou! E, quarenta dias depois, subiu prodigiosamente aos Céus!". Qual poderia ser a nossa atitude diante de uma situação dessas?
 
Não fomos abandonados

Um ilustre líder católico brasileiro respondia que se tivesse assistido a Morte de Nosso Senhor e depois soubesse da sua Ressurreição e Ascensão, ainda que não conhecesse a existência da Sagrada Eucaristia, começaria a procurar Jesus Cristo pela Terra, pois não conseguiria se convencer de que tão augusta presença tivesse deixado o convívio dos homens... Um Deus feito carne nunca mais poderia nos abandonar. Por isso, tudo clamava, tudo bradava, tudo suplicava para que esse convívio adorável não cessasse, ou seja, que Ele permanecesse de algum modo no mundo.
Em todos os sacrários da Terra, nos quais a hóstia consagra se encontra, tanto em magníficas catedrais quanto em minúsculas igrejinhas, a todo momento, Nosso Senhor Jesus Cristo está realmente presente, oculto sob a espécies eucarísticas, tal como nas ruas de Jerusalém, Nazaré, Cafarnaum, Belém. Esse mesmo Senhor que curava, exorcizava ou ressuscitava, quando via, diante de si, corações receptivos ao divino dom da Fé que vinha concedendo.
Realmente, o que seria de nós se o Filho de Deus não tivesse permanecido realmente presente, sob sagradas espécies? Se ouvíssemos relatar apenas uma recordação histórica: "Há mais de dois mil anos, houve uma época bem aventurada, na qual Deus habitou entre os homens, em corpo e alma verdadeiros, mas depois de ter sido morto e ressuscitar, subiu aos Céus e até hoje nunca mais retornou? Quando o fará? Não o sabemos...". Entretanto, tendo Ele permanecido connosco "todos os dias, até o fim do mundo" (Mt 28, 20), a Igreja, "pela transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue do Senhor, goza dessa presença com uma intensidade sem par".
 
Os motivos do Redentor
 
Quando estamos diante d'Ele ou recebemos a Comunhão, beneficiamo-nos de maneira inefável da sua sacrossanta presença. Mas, só isso não bastou ao infinito amor de Cristo. Ele não se conformou em apenas perpetuar o seu convívio connosco, pois, na celebração da Santa Missa, Nosso Senhor quer nos conceder as mesmas graças que poderíamos ter recebido se tivéssemos estado pessoalmente no Calvário, junto à Cruz. Se na hóstia, "Jesus Cristo se oferece à nossa adoração e como nutrição à nossa alma, durante a Missa, Ele se entrega a nós como nossa vítima". Assim, três são os principais motivos pelas quais Nosso Divino Redentor quis instituir o Santíssimo Sacramento do altar:
para perpetuar a sua Presença Real entre nós;
para habitar nosso interior por meio da Comunhão;
para renovar incruentamente o seu Santo Sacrifício do Calvário.
Desde aquela sublime primeira Eucaristia, celebrada na Quinta-Feira Santa, até a última que tenha terminado, em algum lugar longínquo da Terra, há poucos segundos, ao operar-se o sublime milagre da Transubstanciação, pelo qual Cristo se fazSantissimo Sacramento.jpg realmente presente, outro mistério extraordinário se patenteia: "Sempre que no altar se celebra o sacrifício da Cruz, na qual ‘Cristo, nossa Páscoa, foi imolado'
(1 Cor 5, 7), realiza-se também a obra da nossa Redenção". Sim, renovam-se realmente, embora sem derramamento de sangue, a Paixão e a Morte de Nosso Senhor. Mesmo na Última Ceia, a própria "Instituição da Eucaristia antecipou, sacramentalmente, os acontecimentos que teriam lugar pouco depois".
As próprias palavras da Consagração o atestam. Com efeito, o celebrante "não diz somente: ‘Este é o cálice do meu Sangue', mas ainda acrescenta: ‘derramado por vós e por muitos, para remissão dos pecados'. Ora, tendo sido infalivelmente cumpridas as primeiras palavras, também devem sê-lo as últimas". Assim, nesse extraordinário milagre eucarístico, por certo, quotidiano, opera-se uma efusão espiritual do preciosíssimo Sangue, sobre as almas dos fiéis, e "essa aspersão espiritual é infinitamente mais eficaz do que a material".
 
Que resposta daremos ao amor divino?

Os carrascos que torturaram nosso Divino Redentor seguramente viram os seus corpos tintos pelo adorável Sangue e, contudo, parece não terem se beneficiado dele. Apenas o soldado que lhe atravessou o lado, segundo uma antiga tradição, foi curado do defeito de um dos seus olhos, quando o precioso líquido tocou-lhe a pálpebra e, graças a esse milagre, passou a seguir aquele Crucificado que, mesmo quando era ferido, retribuía o bem.
Sem dúvida, o poder ter sido irrigado pelo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, teria sido um privilégio extraordinário, se essa altíssima dádiva fosse acolhida com verdadeira Fé. Mas, talvez ela pudesse apenas ficar na superfície dos nossos corpos, sem causar algum efeito interior. No Santo Sacrifício da Missa, porém, "a aspersão espiritual desse Sangue adorável, purifica, santifica e adorna as nossas almas", alcança-nos profundo arrependimento para confessar as faltas cometidas, aumenta a Graça Santificante de quem já a possui e cumula de méritos e de forças o cristão fiel, a fim de enfrentar todos os obstáculos que visam afastá-lo do caminho da sua eterna salvação. Quanto amor devemos, pois, "Àquele que nos ama e que nos lavou de nossos pecados no seu Sangue" (Ap 1, 5)!
Fonte: Arautos - Por Sebastián Correa Velásquez

quarta-feira, 20 de maio de 2015

NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS

Nossa Senhora dos Remédios
       
Nossa Senhora dos Remédios.jpg

Maria traz remédio à ferida da imperfeição,
que é a fraqueza para praticar o bem, a preguiça
espiritual. Ela dá à vontade constância para se
aplicar na virtude, desprezar os encantos do
mundo e se lançar nos braços de Deus. Ela
robustece os que  cambaleiam, reergue
os que caíram.
NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS, ROGAI POR NÓS!
(Pe. Réginald Garrigou-Lagrange)

segunda-feira, 18 de maio de 2015

JESUS MISERICORDIOSO EU CONFIO EM VÓS!

Liturgia caldeia Hino do ofício do 2º dia do «Ba’oussa», de Santo Efrem
(trad. do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos)
«Para que, em Mim, tenhais a paz»
Senhor, a tua misericórdia é eterna. Cristo, Tu que és todo misericórdia, dá-nos a tua graça; estende a tua mão e vem em auxílio de todos os que são tentados, Tu que és bom. Tem piedade de todos os teus filhos e vem em seu socorro; concede-nos, Senhor misericordioso, que nos refugiemos à sombra da tua protecção e sejamos libertos do mal e dos adeptos do Maligno.

A minha vida está crispada como uma teia de aranha. No tempo da desgraça e da perturbação, tornámo-nos como que refugiados e os nossos anos esmoreceram sob a miséria e as infelicidades. Senhor, Tu que acalmaste o mar com uma simples palavra, apazigua também, na tua misericórdia, as perturbações do mundo, sustenta o universo que oscila sob o peso das suas faltas.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Senhor, que a tua mão misericordiosa repouse sobre os crentes e confirme a promessa que fizeste aos apóstolos: «Estou convosco todos os dias até ao fim do mundo» (Mt 28,20). Sê o nosso socorro como foste o deles e, pela tua graça, salva-nos de todo o mal; dá-nos a segurança e a paz, a fim de Te darmos graças e adorarmos o teu santo Nome em todo o tempo.
Fonte: EVQ

sábado, 16 de maio de 2015

MARIA A PREDESTINADA!

Uma mesma predestinação....
Redação - 2015/05/08
Nossa Senhora com o Menino Jesus, por Fra Angelico - Museu de Belas Artes, Berna (Suíça).jpg
   
     Assim como o Filho e a Mãe não são mais que uma mesma coisa, não tendo mais que uma alma, um coração e uma vontade, assim, de alguma maneira, tiveram uma só predestinação. Porque não Se
encontrando Jesus nos eternos desígnios de Deus senão como Filho de Maria, e não tendo neles lugar Maria senão como Mãe de Jesus,pode-se dizer que não têm mais que uma mesma predestinação.
Donde a Igreja e os santos doutores aplicarem à Mãe do Salvador as mesmas palavras que o Espírito Santo emprega para nos expressar a eleição e predestinação eterna de seu Filho: “Desde a eternidade tenho eu o principado de todas as coisas. O Senhor me teve consigo no começo de suas obras”
 (Pr 8, 22).
São João Eudes
Nossa Senhora com o Menino Jesus, por Fra Angelico
 Museu de Belas Artes, Berna (Suíça)

quinta-feira, 14 de maio de 2015

QUINTA FEIRA DA ASCENÇÃO! ( NA TRADIÇÃO, DA ESPIGA!)

Hoje celebramos o dia da Ascensão de Nosso Senhor ao Reino do Céu; façamos esta breve reflexão sobre esta data tão importante.

O Senhor Jesus, depois que lhes falou, foi assunto ao céu, e está sentado à direita de Deus”
(Mc. 16, 19)
O lugar que competia a Jesus ressuscitado, era o céu, que é a morada das almas e dos corpos bem-aventurados.
Quis Jesus, todavia, permanecer quarenta dias sobre a terra, e aparecer repetidas vezes a seus discípulos para os certificar de sua ressurreição e instruí-los nas coisas relativas à Igreja: “Falando do Reino de Deus”.
– Tendo desempenhado esta nobre missão, quis o Senhor, antes de deixar a terra, mostrar-se mais uma vez aos apóstolos em Jerusalém;
E depois de lhes exprobrar suavemente a sua dureza, por não acreditarem na sua ressurreição, ordenou-lhes que fossem para o Monte das Oliveiras, o lugar onde tinha começado a sua Paixão, a fim de que compreendessem que o verdadeiro caminho para ir ao céu é o dos sofrimentos.
Depois, cercado de cento e vinte pessoas, repetiu-lhes mais uma vez o que já lhes havia ordenado, especialmente que fossem pregar o Evangelho pelo mundo inteiro; feito o que o divino Redentor levantou as mãos e os abençoou.
Em seguida, como medita São Boaventura, Jesus abraça sua santíssima Mãe e aperta-a contra o coração, anima e conforta os seus discípulos, que, entre lágrimas, lhe beijam os pés, e com as mãos levantadas e o semblante extraordinariamente majestoso e amável, coroado e vestido como rei, se eleva lentamente ao céu, levando em sua companhia as numerosíssimas almas justas, livradas do limbo.
– A esta vista, todos os presentes se ajoelham novamente e Jesus mais uma vez os abençoa. Afinal uma nuvem subtrai o divino Triunfador à sua vista, e Jesus vai sentar-se à direita do Pai, onde não cessa de ser nosso medianeiro e advogado.
Avivemos a nossa fé, e contemplemos o júbilo que a entrada triunfal de Jesus causou no paraíso: alegremo-nos com o nosso divino Chefe, e unamos os nossos afetos ao de Maria Santíssima, e dos santos discípulos.
Como a águia ensina seus filhos a voarem,
Assim, no mistério de hoje, Jesus Cristo nos exorta a elevar o nosso voo e acompanhá-lo ao céu, senão com o corpo, ao menos com os afetos.
Desprendamos os nossos corações da terra, e suspiremos pela pátria celeste, onde se acha a nossa felicidade: esperando, como diz o Apóstolo, a adoção de filhos de Deus, a redenção de nosso corpo.
Entretanto, tenhamos sempre diante dos olhos os exemplos da vida mortal de Nosso Senhor; imitando a sua humildade de mansidão, o seu espírito de mortificação, a sua caridade e o seu zelo pela glória divina.
– Numa palavra, despojemo-nos do homem velho, revestindo-nos das virtudes de Jesus Cristo, que são como que o manto, que, à imitação de Elias, ele deixou para os seus discípulos, quando subiu ao céu.
Para vencermos todas as dificuldades que se encontram no caminho do Senhor, recordemos muitas vezes a grande verdade que os anjos ensinaram aos discípulos, que, arrebatados, olhavam o céu, para o qual acabava de subir o seu amado mestre: Jesus Cristo voltará um dia à terra com a mesma majestade e glória, como juiz dos vivos e dos mortos.
Meu querido Redentor Jesus, regozijo-me pelo vosso triunfo glorioso, e rogo-vos que arranqueis do meu coração todo o afeto aos bens miseráveis desta terra, para suspirar senão pelos do paraíso, que vós merecestes para mim com a vossa paixão.
– A mesma graça peço de Vós, ó Pai Eterno.
“Concedei-me que, assim como eu creio firmemente que vosso Filho unigênito e nosso Redentor subiu hoje ao céu, assim possa continuamente morar ali com o meu espírito e os meus desejos”.
– Fazei-o pelo amor do mesmo Jesus Cristo e pela intercessão de Maria Santíssima.
*   *   *
Fonte: retirado do livro “Meditações para todos os dias e festas do ano” de Santo Afonso de Ligório.
 
NA TRADIÇÃO RURAL DO SÉCULO PASSADO, ESTE DIA ERA DIA SANTO DE GUARDA E OS JOVENS E MENOS JOVENS IAM PARA OS CAMPOS APANHAR FLORES SILVESTRES E DIVERTIR-SE. COM A EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE... TUDO SE PERDE!
Nema escrava de Maria

segunda-feira, 11 de maio de 2015

EXEMPLO DE MARIA...

   Em sua admirável obra dedicada à Virgem Santíssima,
Visitação - Fransois Verhulte - Mosteiro de Pedralbes - Barcelona.jpg
 o Pe. Jourdain recolhe estas palavras do Pe. Kiselio, S. J. (Séc. XVII):

"Ao ouvir Isabel proclamá-La bendita entre todas as mulheres, e render testemunho à divindade do bendito fruto de suas entranhas, a Bem-aventurada Virgem Maria exprime os sentimentos de que está penetrada, no admirável cântico, o mais beloque contêm nossos Santos Livros: Magnificat anima mea Dominum - ‘Minha alma glorifica o Senhor'.
"Como no dia da Anunciação, Ela se diz sua humilde serva; proclama que Ele é o Deus que salva, o Deus onipotente, o Deus santo. Ela cumpre o que recomenda o Sábio: ‘Bendizei ao Senhor e exaltai-O tanto quanto puderdes'. Transportada de júbilo e de reconhecimento, Maria rende graças a Deus por seus benefícios. (...)

"Que exemplo da Virgem nos ensine como devemos, por nossa parte, glorificar a Deus, Jesus Cristo Nosso Senhor e sua Bem-aventurada Mãe.

"Porventura não fez Deus também em nós grandes coisas, por sua onipotência? Não nos recolheu Ele e nos tirou do abismo de nossa miséria? Seu nome não é igualmente santo para nós cheio de suavidade? Não nos aceitou como filhos da misericórdia? Não deu de comer àqueles que tinham fome, não consolou os aflitos e exaltou os humildes? Que nossa alma glorifique, pois, ao Senhor, e que nosso espírito se alegre em Deus, nosso Salvador!

"Sim, é com alegria que convém, a exemplo de Maria, bendizer ao Senhor, testemunhar-Lhe nossa gratidão e celebrar sua glória"
(Pe. Z.-C. Jourdain, Somme des Grandeurs de Marie, t.V, pp. 377-378)

(CLÁ DIAS, JOÃO. Pequeno Ofício da Imaculada Conceição Comentado. Artpress. São Paulo, 1997, pp. 74)

quinta-feira, 7 de maio de 2015

JESUS ENVIA-TE UM RECADO!

DEUS É GRANDE! 
TE AGRADEÇO Ó MEU SENHOR, PELAS MUITAS GRAÇAS QUE CONCEDES AO MUNDO. QUE AS PESSOAS SEJAM TOCADAS PELO TEU SOFRIMENTO, MEU SENHOR E REDENTOR, QUE DESPERTEM E SE DEIXEM INFLAMAR PELO TEU AMOR. Ó BOM JESUS, QUETANTO NOS AMAS  E ÉS TÃO POUCO AMADO, NESTE MUNDO CADA VEZ MAIS DESCRISTIANIZADO E  MATERIALIZADO!!!
Perdoa-me por te interromper a esta hora. O meu nome é Jesus e gostaria de saber porque te importas comigo.
 Eu tenho-te protegido desde o dia do teu nascimento, tenho-te  abençoado a ti e à tua família o tempo todo, tenho- te guardado de modo que nenhuma praga alcance a tua casa, mas tu, o que tens feito por mim?
Hoje preciso da tua colaboração. Quero esta msg a circular no mundo inteiro antes da meia-noite. Se  fizeres isso, eu irei corrigir dois grandes erros na tua vida, vou ajudar-te em algo que estás a necessitar e teu dia que se segue será muito abençoado.
Então envia esta msg ao máximo de pessoas em 10 minutos. Não finjas que esqueceste o que estás lendo. Estarei olhando para ti a partir de agora.
AMÉM
Fonte: mensagem do correio electrónico.

domingo, 3 de maio de 2015

QUEM PENSAS QUE É O SACERDOTE?

A Palavra de um homem, um sacerdote, é capaz de fazer descer do Céu o Filho de Deus, vivo, inteiro e imortal...

 
 
 
Admirai-vos, talvez, de me ouvir dizer que a Missa é uma obra maravilhosa?
E não  é, com efeito, inefável maravilha o que opera a palavra de um humilde sacerdote? Que língua angélica ou humana poderia explicar poder tão excessivo?
Quem, jamais, pode imaginar que a palavra de um homem, que não tem, naturalmente, a força de levantar da terra uma palha, receberia da graça o poder surpreendente de fazer descer do Céu o Filho de Deus?
Aí está um poder maior que o de transportar montanhas, esgotar o mar e abalar os céus; poder comparável, de certo modo, àquele primeiro Fiat com que Deus fez surgir do nada todas as coisas, e que pode mesmo parecer sobrepujar, em outro sentido, aquele Fiat pelo qual a Virgem Santíssima atraiu a seu seio o Verbo Divino.
A Virgem Maria nada mais fez que fornecer a matéria do corpo de Cristo dela formado, sem dúvida, isto é, de seu puríssimo sangue, mas não por ela nem por sua operação: enquanto que a voz do sacerdote, sendo instrumento de Cristo no ato da consagração, O reproduz de um modo novo e admirável, quer dizer, sacramentalmente e isto tantas vezes quantas consagra.
O bem-aventurado João, o Bom, de Mântua, levou um eremita seu companheiro a compreender esta verdade.
Este não conseguia persuadir de que a palavra de um padre tivesse o poder de mudar a substância do pão, no Corpo de Jesus Cristo, e a do vinho em seu Sangue; e, o que é mais deplorável, tinha cedido a essa tentação diabólica.
O servo de Deus percebeu o erro do companheiro, e, conduzindo-o a beira de uma fonte, aí encheu de água uma taça e deu-lhe de beber.
Depois de sorver toda a água, o outro confessou que jamais, em toda a sua vida, provara um vinho tão delicioso. Então João, o Bom, disse-lhe:
Não vedes o milagre, meu querido irmão? Se, por meio de um miserável como eu, a água se mudou em vinho pela onipotência divina, quanto mais deveis crer, por meio das palavras do sacerdote, que são palavras de Deus, o pão e o vinho mudam-se no Corpo e Sangue de Jesus Cristo? Quem ousaria jamais pôr limites à onipotência de Deus?”
Bastou isso para dissipar o engano do eremita, que, expulsando de seu espírito toda a dúvida, fez grande penitência por seu pecado.
Um pouco de fé, mas de fé viva, e confessaremos que inúmeras são as prodigiosas prerrogativas contidas neste admirável Sacrifício.
Aí veremos, com admiração, renovar-se-á a toda hora este prodígio da sagrada humanidade de Jesus Cristo presente em milhares e milhares de lugares, e gozando, por assim dizer, de uma sorte de imensidade que não possui nenhum outro corpo, e só a ela reservada em recompensa do sacrifício de sua vida que Ele fez a Deus Altíssimo.
Um demônio,
…falando pela boca de uma pessoa, fez com que um judeu incrédulo compreendesse esta verdade, por meio de uma comparação material e grosseira.
O homem achava-se numa praça com muitas pessoas, entre as quais a mulher possessa. Nesse momento passou um padre que levava o Santo Viático a um doente. 
Todos os presentes se ajoelharam e prestaram homenagem ao  Santíssimo Sacramento. Só o judeu ficou imóvel e não deu sinal algum de respeito. Vendo isso, a mulher levantou-se furiosa, arrancou-lhe o chapéu e deu-lhe um vigoroso bofetão, dizendo-lhe.
“Desgraçado, porque não te prostras diante do verdadeiro Deus presente neste Divino Sacramento?” – “Que Deus?”, replicou o judeu. “Se fosse verdade, a conseqüência seria haver muitos deuses, pois, ao celebrarem a Santa Missa ele estaria em cada um dos vossos altares”.
A estas palavras, o espírito, que habitava naquela mulher, tomou um crivo e opondo-se ao sol, disse ao judeu que olhasse os raios filtrando-se pelos buracos.
Em seguida ajuntou: “Dize-me, judeu, há então muitos sóis passando pelas aberturas deste crivo, ou um só?” E, à resposta do judeu de que não havia senão um sol, a mulher replicou.
“Por que te espantas, então, de que Deus, feito Homem e feito Sacramento, possa ter, por um excesso de amor, uma presença real e verdadeira sobre vários altares, permanecendo, no entanto, uno, indivisível e imutável?”
Foi o suficiente para confundir a incredulidade do judeu, que por esse raciocínio se viu constrangido a confessar a verdade de nossa Fé.
Ó santa Fé! Apenas um raio de tua luz, e exclamaremos com fervor: Quem ousaria estabelecer limites à onipotência de Deus?
Nesta grande concepção que tinha do poder de Deus, Santa Teresa dizia, muitas vezes, que quanto mais sublimes eram os mistérios de nossa fé, e profundos e impenetráveis à nossa inteligência, com tanto mais força e felicidade neles acreditava, sabendo bem que Deus todo-poderoso pode fazer prodígios infinitamente maiores.
Reanimai, espontaneamente, vossa fé e confessai que este Divino Sacramento é o milagre dos milagres, a maravilha das maravilhas, e que sua maior excelência consiste em ultrapassar nossa pobre inteligência. E tomados de admiração dizei e repeti muitas vezes: Oh! Que grande tesouro! Que imenso tesouro!
Se, porém, sua excelência prodigiosa não vos comove, que vos toque, ao menos, sua soberana necessidade.
*   *   *
Fonte: retirado do livro “As Excelências da Santa Missa” de São Leonardo de Porto Maurício.

sábado, 2 de maio de 2015

EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA!

Eu sou o caminho
 
Raphaël Six - 2014/07/22
   "Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai senão por mim" (Jo 14,6). Em todos os tempos essas palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo se fazem atuais, pois todo homem tem em si um senso que o leva a buscar a felicidade e a estabilidade própria da vida. Mas será que todos os homens encontram o que ambicionam?
Para aquele que crê em Deus e em Nosso Senhor, a resposta saltaria aos olhos numa única pincelada. Dir-se-ia que esta constante perplexidade humana estaria solucionada, para todos aqueles que sabem buscar a Nosso Senhor Jesus Cristo.
No entanto, como encontrá-lo uma vez que Ele, após ter cumprido o plano redentor na cruz e de ter ressuscitado ao terceiro dia, subiu aos céus para sentar-se a direita do Pai? Como seria possível ter um convívio com tão grande Mestre que andavaSagrado Coração de Jesus - Duomo - Bolzano - Italia..jpg pela Galiléia curando os doentes, perdoando os pecadores e ensinando as multidões, e Lhe pedir um conselho, uma ajuda, um perdão? Onde estará Ele? Por que caminho seguir a fim de encontrar Cristo Jesus?
Se lermos atentamente os evangelhos, poderemos encontrar um vestígio que nos permitirá solucionar os problemas acima expostos. São Mateus, São Marcos e São Lucas nos narram a um episódio importantíssimo da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo: a última ceia. Na perspectiva de Sua paixão e morte, Cristo instituiu a Sagrada Eucaristia parafortificar os apóstolos, e desse modo ensiná-los a enfrentar as inúmeras dificuldades pelas quais deveriam passar. Não apenas, a Eucaristia serviria para aqueles trágicos instantes que antecediam sua paixão, mas também seria utilizada depois, pelos próprios apóstolos, em todas as dificuldades e necessidades que eles teriam que enfrentar. Portanto, os apóstolos contaram com um grande consolo para a edificação do Reino de Deus e a pregação da Boa Nova: o próprio Cristo, em corpo, sangue, alma e divindade, presente e velado nas espécies do pão e do vinho.
Foi por meio desse alimento que Nosso Senhor Jesus Cristo pode dar continuidade a sua obra; prolongar sua permanência nesta terra e ajudar a todos aqueles que estão em alguma aflição e que almejam um contato pessoal com Ele.
Mas por que foi este meio que Cristo escolheu para ficar entre nós?
O grande bispo de Hipona, Santo Agostinho, nos dá uma explicação. Diz ele que todo homem é capaz de perceber a verdade e a vida, mas não encontra por si o caminho que conduz a elas. Foi somente o Verbo de Deus que se tornou o caminho quando se revestiu de nossa natureza. Por isso Ele quis deixar-se aos homens, antes de subir aos céus, enquanto caminho acessível à Verdade e à Vida, que é a Santíssima Eucaristia.
Ademais, todos sabem que quanto mais um discípulo se relaciona com o seu mestre, mais ele o conhece, mais ele o ama e mais ele adquire o seu espírito e sua mentalidade. E na medida em que se sente semelhante ao mestre se sente feliz, pois percebe que está cumprindo sua finalidade que é de estudar e aprender o que o seu mestre lhe instruiu. Do mesmo modo acontece com uma pessoa que recebe Cristo sacramentado: Quanto mais o recebe, mais o conhece, o ama e adquire o seu espírito, por que, por meio desse alimento celeste, se relaciona com Deus, autor de toda as coisas criadas e de todas as verdades eternas. Portanto, a pessoa se assemelhará a Ele e cumprirá assim sua finalidade terrena que é amar, louvar e servir a Deus com todo o seu entendimento e com toda a sua vontade.
Quantos Santos ao longo da história não tiveram uma experiência disso com o convívio Eucarístico? Basta lermos suas vidas, e delas concluiremos que a felicidade deles consistiu em amar a Deus sobre todas as coisas. Por isso eles eram felizes, pois cumpriam o preceito deixado pelo próprio Cristo: "aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (Jo 6,57). Na permanência desse amor, eles encontraram o repouso de suas almas e por isso não se preocupavam mais com essa vida passageira e terrena, pois "aquele que vai ao encontro ao alimento dos Anjos não terá mais fome, e aquele que crer nele não terá mais sede"(Cf. Jo 6,35).
Logo, se queremos encontrar a verdadeira felicidade, devemos seguir o caminho deixado pelo Divino Mestre na última ceia: a Eucaristia. Nela está contido o rumo que devemos tomar para ganharmos o céu; a verdade que nos aconselhará e nos servirá de sustento nas adversidades desta vida; e por fim o alimento que nos levará a conquista da vida eterna na união plena com Deus. É o que prescreveu, por assim dizer, Divino Mestre ao afirmar: "Eu sou o caminho a verdade e a vida". Aproximemo-nos desse alimento salutar deixado pelo próprio Cristo, que nos conduz a vida eterna; nos sustenta e nos traz a verdadeira felicidade.
Fonte:Arautos Raphaël Six)