terça-feira, 27 de junho de 2017

VINDE Ó SANTO ESPÍRITO E ENCHEI-NOS DO VOSSO AMOR!

ALETEIA ESPANHA

Não deixe para amanhã! Reze agora esta oração ao Espírito de Deus

"Ouvi vossa voz, e não quero me endurecer e resistir, dizendo: depois..."
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"Ouvi vossa voz, e não quero me endurecer e resistir, dizendo: depois..."

Vinde, ó Santo Espírito!
Iluminai meu entendimento, para que eu conheça vossos poderes,
fortalecei meu coração contra as ciladas do inimigo;
inflamai minha vontade.
Ouvi vossa voz, e não quero me endurecer e resistir, dizendo: depois, amanhã…
Nunc coepi! Agora! Talvez amanhã eu possa faltar.

Ó, Espírito de verdade e sabedoria,
Espírito de compreensão e conselho,
Espírito de gozo e de paz!
Quero o que quereis, quero porque quereis, quero como quereis, quero quando quiserdes…
 Por São Josemaría Escrivá de Balaguer
Oração publicada por Opusdei.es, traduzia e adaptada ao português
 Fonte: Aleteia

"RECONHECE Ó CRISTÃO A TUA DIGNIDADE!"

São João Paulo II (1920-2005), papa 
Discurso em Paris no dia 3 de Junho de 1980 

«É estreita a porta e apertado o caminho que conduz à vida»
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Vim encorajar-vos no caminho do Evangelho, um caminho certamente estreito, mas caminho real, seguro, trilhado por gerações de cristãos, ensinado pelos santos. É o caminho pelo qual, exatamente como vós, se esforçam por caminhar os vossos irmãos em toda a Igreja. Este caminho não passa pela resignação, pelas renúncias ou pelos abandonos. Não se coaduna com o enfraquecimento do sentido moral, e desejaria que a própria lei civil ajudasse a elevar o Homem. Não aspira a enterrar-se, a ficar inadvertido, antes exige a audácia jubilosa dos apóstolos. Por isso, deita fora a pusilanimidade, mostrando-se absolutamente respeitoso para com os que não partilham do mesmo ideal. 

«Reconhece, ó cristão, a tua dignidade!», dizia o grande Papa S. Leão. E eu, seu indigno sucessor, vo-lo digo a vós, meus irmãos e minhas irmãs: Reconhecei a vossa dignidade! Sede ciosos da vossa fé, do dom do Espírito que o Pai vos outorga. Vim para o meio de vós como um pobre, com a única riqueza da fé, peregrino do Evangelho. Dai à Igreja e ao mundo o exemplo da vossa fidelidade sem desfalecimento e do vosso zelo missionário. A minha visita tem de ser um apelo a um novo impulso perante as numerosas tarefas que se vos oferecem. 
Fonte:EAQ

segunda-feira, 26 de junho de 2017

APONTAS PARA O ARGUEIRO DO OLHO DO TEU IRMÃO...

Imitação de Cristo, tratado espiritual do século XV, Livraria Moraes, 1959 
Livro II, caps. 2 e 3 

«Não reparas na trave que está na tua [vista]»
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Quando um homem se humilha por causa dos seus defeitos, acalma os outros facilmente e satisfaz sem custo os que consigo se iravam. 
Deus protege e liberta o humilde, ama-o e consola-o. 
Inclina-Se para ele e dá-lhe grande graça; e, depois do seu abatimento, eleva-o à glória. 
Revela os seus segredos ao humilde, arrasta-o e convida-o docemente para Si. 
E ele, mesmo na confusão, vive em paz, porque se firma em Deus e não no mundo. [...] 
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Mantém-te tu em paz; e só então poderás pacificar os outros. 
O homem pacífico é mais útil do que o muito instruído. 
O apaixonado, porém, converte o bem em mal e acredita facilmente neste. 
O homem bom e pacífico converte todas as coisas em bem. 
Aquele que está verdadeiramente em paz não suspeita mal de ninguém. 
Mas o que é descontente e inquieto é agitado por várias suspeitas. 
Nem descansa, nem deixa descansar os outros. 
Diz muitas vezes o que não devia dizer e omite fazer o que devia. 
Preocupa-se com o que os outros têm de fazer, mas desleixa o que lhe compete. 
Tem, antes de tudo, cuidado contigo, e poderás então zelar pelo teu próximo.

Fonte:EAQ

sábado, 24 de junho de 2017

FESTA DE S. JOÃO BAPTISTA /24 DE JUNHO!

Liturgia bizantina 
Lucernário das Grandes Vésperas da festa da Natividade de João Baptista 
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«E reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus. Irá à frente, diante do Senhor, [...] a fim de proporcionar ao Senhor um povo com boas disposições.» (Lc 1,16-17)

Neste dia vem ao mundo o grande Precursor,
Fruto do seio da estéril Isabel.
Ele é o maior entre os profetas;
Nenhum outro surgiu como ele (Mt 11,11),
Pois ele é a candeia (Jo 5,35) que antecede de perto a claridade suprema,
E a voz (Mt 3,3) que precede o Verbo.
Ele conduz a Cristo a Igreja, sua noiva (Jo 3,29),
E prepara para o Senhor um povo escolhido,
Purificando-o com a água, enquanto aguarda o Espírito.

De Zacarias nasce essa planta jovem,
A mas bela entre os filhos do deserto,
O arauto do arrependimento,
O que purifica pela água (Lc 3,16) os que se transviavam,
Que leva, como precursor (Lc 1,17), o anúncio da ressurreição
Até à casa dos mortos (Mc 6,28),
E que intercede pelas nossas almas.

Desde o seio de tua mãe, bem-aventurado João,
Tu foste o profeta e o precursor de Cristo:
Estremeceste de alegria
Vendo a Rainha vir até junto da serva,
Levando a ti Aquele que o Pai gera sem mãe desde toda a eternidade (Lc 1,40).
Tu, que nasceste de uma mulher estéril e dum velho,
Segundo a promessa do Senhor (Lc 1,13),
Pede-Lhe que tenha piedade das nossas almas.
Fonte: EAQ

terça-feira, 20 de junho de 2017

OS PASTORES VELAM PELAS SUAS OVELHAS MESMO EM MOMENTOS NO LIMITE!

FACEBOOK - PROFILES Facebook - profiles | Jun 19, 2017

Carta aos padres de Portugal

"Vivemos horas dramáticas e inimagináveis neste nosso Portugal, com …
AFP PHOTO / PATRICIA DE MELO MOREIRA
A man stands on the roadside watching a wildfire at Anciao, Leiria, central Portugal, on June 18, 2017. A wildfire in central Portugal killed at least 25 people and injured 16 others, most of them burning to death in their cars, the government said on June 18, 2017. Several hundred firefighters and 160 vehicles were dispatched late on June 17 to tackle the blaze, which broke out in the afternoon in the municipality of Pedrogao Grande before spreading fast across several fronts. / AFP PHOTO / PATRICIA DE MELO MOREIRA

"Vivemos horas dramáticas e inimagináveis neste nosso Portugal, com perdas, lágrimas, desesperos e angústias indescritíveis"

Caros Padres, Pastores do Povo de Deus que nos foi confiado:
Decerto temos todos gravadas no coração e na alma as repetidas palavras do Papa Francisco: “pastores com cheiro de ovelha”.
Esse e apenas esse pode ser o nosso caminho, a nossa opção pastoral, a nossa vida de cada dia. 
Vivemos horas dramáticas e inimagináveis neste nosso Portugal, com perdas, lágrimas, desesperos e angústias indescritíveis, diante do fogos que devastam e destroem, sufocam e matam!
Homens e mulheres, crianças e jovens, sentem-se agora sem rumo, horizontes, esperanças e sonhos.
Decerto que rezamos e pedimos que rezassem pelas vítimas desta tragédia. E sabemos e cremos no poder da oração.
Mas creio e peço que não nos fiquemos por aqui. Que passemos das preces, das homilias, das palavras, dos “pesares”, a actos de profunda solidariedade, comunhão e cumplicidade para com essas “ovelhas” que se sentem tresmalhadas, abatidas, destroçadas!
De mais perto ou mais longe, urge que mostremos a nossa missão de Pastores comprometidos com esses irmãos; a compaixão e a misericórdia, a comunhão e a solidariedade têm de se tornar gesto, vida, oblação, gratuidade, começando por nós próprios.
Que peço a cada um de nós?
A caridade, a ousadia, a beleza, de um gesto que nos mobilize e comprometa com essas gentes amarguradas e abatidas!
Que sejamos capazes de renunciar à nossa remuneração/ordenado, deste mês, e a ofereçamos às gentes de Pedrógão Grande.
Do menos ou mais que possamos receber como fruto do nosso ministério, ousemos a renúncia disso mesmo em favor desses filhos de Deus que também o são nossos.
Muitas migalhas fazem um grande pão. Pão de vida, de esperança, que trave os desesperos, as perdas, as lágrimas que correm por demasiados rostos e corações.
Cada um de nós saberá fazer chegar esse gesto de amor e abnegação a esse Povo.
Vivamos a experiência da doação com os sentimentos da fé, do amor, que todos os dias pregamos nas nossas igrejas, grupos, comunidades…
Mesmo que nos custe, sejamos sinal de uma Igreja que passa das palavras aos gestos nobres e proféticos.
Que aquilo que recebermos este mês como fruto do nosso trabalho seja, pois, partilhado sem medos, com esses nossos irmãos.
Hoje mesmo desejarei viver essa experiência da comunhão e da solidariedade. E comigo, sejamos muitos, sejamos todos, Pastores que desta forma também dão a vida pelas suas ovelhas…
Fonte: Aleteia-Padre António Teixeira

sexta-feira, 16 de junho de 2017

QUERES ENCONTRAR O CAMINHO DA FELICIDADE? ABEIRA-TE DA EUCARISTIA!

Eu sou o caminho

Redação - (Sexta-feira, 16-06-2017, Gaudium Press) - 
Na perspectiva de Sua paixão e morte, Cristo instituiu a Sagrada Eucaristia para fortificar os apóstolos, e desse modo ensiná-los a enfrentar as inúmeras dificuldades pelas quais deveriam passar.

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SAGRADO CORAÇÃO.jpg
"Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai senão por mim" (Jo 14,6). Em todos os tempos essas palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo se fazem atuais, pois todo homem tem em si um senso que o leva a buscar a felicidade e a estabilidade própria da vida. Mas será que todos os homens encontram o que ambicionam?
Para aquele que crê em Deus e em Nosso Senhor, a resposta saltaria aos olhos numa única pincelada. Dir-se-ia que esta constante perplexidade humana estaria solucionada, para todos aqueles que sabem buscar a Nosso Senhor Jesus Cristo.
No entanto, como encontrá-lo uma vez que Ele, após ter cumprido o plano redentor na cruz e de ter ressuscitado ao terceiro dia, subiu aos céus para sentar-se a direita do Pai? Como seria possível ter um convívio com tão grande Mestre que andava pela Galiléia curando os doentes, perdoando os pecadores e ensinando as multidões, e Lhe pedir um conselho, uma ajuda, um perdão? Onde estará Ele? Por que caminho seguir a fim de encontrar Cristo Jesus?
Se lermos atentamente os evangelhos, poderemos encontrar um vestígio que nos permitirá solucionar os problemas acima expostos. São Mateus, São Marcos e São Lucas nos narram a um episódio importantíssimo da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo: a última ceia. Na perspectiva de Sua paixão e morte, Cristo instituiu a Sagrada Eucaristia para fortificar os apóstolos, e desse modo ensiná-los a enfrentar as inúmeras dificuldades pelas quais deveriam passar.
Não apenas, a Eucaristia serviria para aqueles trágicos instantes que antecediam sua paixão, mas também seria utilizada depois, pelos próprios apóstolos, em todas as dificuldades e necessidades que eles teriam que enfrentar. Portanto, os apóstolos contaram com um grande consolo para a edificação do Reino de Deus e a pregação da Boa Nova: o próprio Cristo, em corpo, sangue, alma e divindade, presente e velado nas espécies do pão e do vinho.
Foi por meio desse alimento que Nosso Senhor Jesus Cristo pode dar continuidade a sua obra; prolongar sua permanência nesta terra e ajudar a todos aqueles que estão em alguma aflição e que almejam um contato pessoal com Ele.
Mas por que foi este meio que Cristo escolheu para ficar entre nós?
O grande bispo de Hipona, Santo Agostinho, nos dá uma explicação. Diz ele que todo homem é capaz de perceber a verdade e a vida, mas não encontra por si o caminho que conduz a elas. Foi somente o Verbo de Deus que se tornou o caminho quando se revestiu de nossa natureza. Por isso Ele quis deixar-se aos homens, antes de subir aos céus, enquanto caminho acessível à Verdade e à Vida, que é a Santíssima Eucaristia.
Ademais, todos sabem que quanto mais um discípulo se relaciona com o seu mestre, mais ele o conhece, mais ele o ama e mais ele adquire o seu espírito e sua mentalidade. E na medida em que se sente semelhante ao mestre se sente feliz, pois percebe que está cumprindo sua finalidade que é de estudar e aprender o que o seu mestre lhe instruiu.
Do mesmo modo acontece com uma pessoa que recebe Cristo sacramentado: Quanto mais o recebe, mais o conhece, o ama e adquire o seu espírito, por que, por meio desse alimento celeste, se relaciona com Deus, autor de toda as coisas criadas e de todas as verdades eternas. Portanto, a pessoa se assemelhará a Ele e cumprirá assim sua finalidade terrena que é amar, louvar e servir a Deus com todo o seu entendimento e com toda a sua vontade.
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Quantos Santos ao longo da história não tiveram uma experiência disso com o convívio Eucarístico? Basta lermos suas vidas, e delas concluiremos que a felicidade deles consistiu em amar a Deus sobre todas as coisas. Por isso eles eram felizes, pois cumpriam o preceito deixado pelo próprio Cristo: "aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (Jo 6,57).
Na permanência desse amor, eles encontraram o repouso de suas almas e por isso não se preocupavam mais com essa vida passageira e terrena, pois "aquele que vai ao encontro ao alimento dos Anjos não terá mais fome, e aquele que crer nele não terá mais sede"(Cf. Jo 6,35).
Logo, se queremos encontrar a verdadeira felicidade, devemos seguir o caminho deixado pelo Divino Mestre na última ceia: a Eucaristia.
Nela está contido o rumo que devemos tomar para ganharmos o céu; a verdade que nos aconselhará e nos servirá de sustento nas adversidades desta vida; e por fim o alimento que nos levará a conquista da vida eterna na união plena com Deus. É o que prescreveu, por assim dizer, Divino Mestre ao afirmar: "Eu sou o caminho a verdade e a vida".
Aproximemo-nos desse alimento salutar deixado pelo próprio Cristo, que nos conduz a vida eterna; nos sustenta e nos traz a verdadeira felicidade.

Por Raphael Six

Fonte:Gaudium Press- Conteúdo publicado em gaudiumpress.org, no link http://www.gaudiumpress.org/content/87957#ixzz4kDAWfiBN 
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte. 

domingo, 11 de junho de 2017

HINO À TRINDADE SANTÍSSIMA!

Santo Efrém (c. 306-373), diácono da Síria, doutor da Igreja 
Hino sobre a Trindade 

«Um só Deus, um só Senhor, não na unidade de uma só pessoa, mas na trindade de uma só natureza» (do Prefácio)

Refrão: Bendito seja Aquele que Te envia! 

Toma como símbolos o sol para o Pai, 
A luz para o Filho, 
O calor para o Espírito Santo. 

Embora sendo um único ser, 
Percebemos nele uma trindade. 
Quem poderá compreender o inexplicável? 

Este único é múltiplo: um é formado por três, 
E três formam apenas um, 
Grande mistério e maravilha manifesta! 

O sol é distinto do seu irradiar 
Embora esteja a ele unido, 
Pois os seus raios também são o sol. 

E contudo ninguém fala de dois sois, 
Embora os raios sejam também 
O sol cá em baixo. 

Assim também não dizemos que há dois deuses. 
Deus, Nosso Senhor, é Deus; 
E também Ele Se encontra acima do criado. 

Quem será capaz de mostrar como e onde 
Está ligado o raio do sol, 
Bem como o seu calor, ainda que soltos? 

Não se encontram, nem separados nem confundidos, 
Estão unidos, embora sejam distintos, 
São livres, embora estejam ligados, ó maravilha! 

Quem poderá, perscrutando-os, ter domínio sobre eles? 
E contudo, não é certo que são 
Aparentemente tão simples, tão fáceis? 

Embora o sol permaneça no alto 
A claridade e o calor que dele emanam 
São, para os de cá de baixo, um símbolo claro. 

Sim, os seus raios incidem sobre a terra 
E permanecem nos nossos olhos, 
Como se fosse ele a revestir-nos a carne. 

Quando se fecham os olhos no instante do sono, 
Como mortos, ele abandona-os, 
A eles que em breve despertarão. 

E, assim como ninguém compreende 
De que forma entra a luz no olho, 
Assim Nosso Senhor no seio. [...] 

O nosso Salvador tomou um corpo 
Com a toda a fragilidade que nele existe, 
Para vir santificar o universo. 

Mas, quando o raio remonta à sua fonte, 
Vemos que nunca esteve separado 
Daquele que o engendrou. 

Derrama o seu calor sobre os que se encontram cá em baixo, 
Como Nosso Senhor 
Deixou o Espírito Santo aos discípulos. 

Contempla estas imagens do mundo criado 
E não duvides do que diz respeito aos Três, 
Pois de outra forma perder-te-ás! 

Tornei claro para ti aquilo que era obscuro: 
Como podem os três formar um só, 
A Trindade que é uma mesma essência! 

Refrão: Bendito seja Aquele que Te envia! 
Fonte:EAQ

sexta-feira, 9 de junho de 2017

POR ELE SEREMOS SALVOS!



São Leão Magno (?-c. 461), papa, doutor da Igreja 
1º sermão para a Natividade do Senhor (trad. breviário) 


Filho de David e Senhor dos senhores
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Da casa real de David foi escolhida uma virgem para em seu seio carregar uma criança santa, filho simultaneamente divino e humano [...]. O Verbo, a Palavra de Deus, que é o próprio Deus, o Filho de Deus que no «princípio estava em Deus, por quem tudo começou a existir e sem quem nada veio à existência» (Jo 1,1-3), esse Filho fez-Se homem para libertar o homem da morte eterna. Ele desceu até à humildade da nossa condição sem que com isso a sua majestade tivesse sido diminuída. Mantendo-Se o que era e assumindo o que não era, uniu uma verdadeira natureza de servo à natureza segundo a qual é igual ao Pai. Ele juntou tão estreitamente estas duas naturezas que nem a sua glória poderá aniquilar a natureza inferior, nem a união com esta aviltar a natureza superior. 

O que é próprio de cada natureza mantém-se integralmente, e reúne-se numa única pessoa: a humildade é acolhida pela sua majestade, a fraqueza pela força, a mortalidade pela eternidade. Para pagar a dívida da nossa condição, a natureza intangível une-se à natureza capaz de sofrer; Deus verdadeiro e homem verdadeiro associam-se na unidade de um só Senhor Jesus. Assim, e porque tal Lhe era preciso para nos salvar, o único «mediador entre Deus e os homens» (1Tim 2,5) poderia morrer pela ação dos homens, e ressuscitar pela ação de Deus [...] 
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Tal foi, meus bem-amados, o nascimento que conveio a Cristo, «poder e sabedoria de Deus» (1Cor 1,24). Por esse nascimento, deu-Se à humanidade, conservando a preeminência da sua divindade. Se não fosse Deus verdadeiro, não nos traria a salvação. Se não fosse homem verdadeiro, não nos daria o exemplo.

Fonte: EAQ

segunda-feira, 5 de junho de 2017

TODA A CRIATURA É DOTADA DE RAZÃO PARA SABER POR ONDE DEVE SEGUIR!

Santa Catarina de Sena (1347-1380), terceira dominicana, doutora da Igreja, copadroeira da Europa 
Diálogo 23 

O dono da vinha
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[Santa Catarina ouviu Deus dizer-lhe]:
 «Toda a criatura dotada de razão possui em si uma vinha, que é a vinha da alma. A vontade, pelo livre arbítrio, é o obreiro dessa vinha durante o tempo da vida; passado esse tempo, já ela não pode ali fazer mais nenhum trabalho, bom ou mau, mas durante a vida pode cultivar a sua vinha, para a qual Eu a enviei. Esse obreiro da alma recebeu de Mim uma força tal, que não há demónio ou criatura alguma que lha possa tirar, se a estes se opuser. Foi no batismo que recebeu essa força e ao mesmo tempo o gládio do amor pela virtude e do ódio ao pecado. Foi por esse amor e esse ódio, pelo amor por vós e pelo ódio ao pecado, que morreu o meu Filho unigénito, por vós derramando todo o seu sangue. E é este amor pela virtude e este ódio ao pecado, que encontrais no santo batismo, que vos dá vida pela força do seu sangue [...]. 

«Arrancai pois os espinhos dos pecados mortais e plantai as virtudes [...], praticai a contrição, tende desgosto pelo pecado e amor à virtude; recebereis então os frutos do sangue do meu Filho. Não podereis recebê-los se não vos dispuserdes a tornar-vos bons ramos, unidos ao tronco da videira, o meu Filho, que disse: "Eu sou a videira verdadeira, o meu pai é o agricultor, e vós, os ramos" (Jo 15,1.5). 
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«Esta é a verdade. Sou Eu o verdadeiro agricultor, pois toda a coisa que possui ser veio e vem de Mim. 
Resultado de imagem para deus omnipotente governo todo o universo
O meu poder é insondável e pelo meu poder e a minha força governo todo o universo, pois nada é feito nem ordenado sem ser por Mim. Sim, sou o agricultor; fui Eu quem plantou a verdadeira videira, o meu Filho unigénito, na terra da vossa humanidade, para que vós, que sois ramos, unidos a esta videira, deis fruto».

Fonte:EAQ

domingo, 4 de junho de 2017

PENTECOSTES: VINDE ESPÍRITO SANTO E ENCHEI OS CORAÇÕES DOS VOSSOS FIEIS E ACENDEI NELES O FOGO DO VOSSO AMOR!

 
VINDE ESPÍRITO SANTO!

Redação - (Quinta-feira, 01-06-2017, Gaudium Press) - 

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Na proximidade da solenidade de Pentecostes, quando se comemora a Vinda do Divino Espírito Santo sobre os apóstolos, reunidos no Cenáculo, em companhia da Virgem Maria, propomos a todos a leitura do trecho que hoje transcrevemos.

São excertos de um oportuno artigo publicado na "Revista Arautos do Evangelho".
- Espírito de Deus, enviai dos Céus um raio de luz! Vinde, Pai dos pobres, dai aos corações vossos sete dons.
Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde!
No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem. Enchei luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós!
Sem a luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele.
Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente. Dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquecei.
Dai à vossa Igreja, que espera e deseja, vossos sete dons. Dai em prêmio ao forte, uma santa morte, alegria eterna". (Sequência da Solenidade de Pentecostes)

-Os ensinamentos trazidos pela ­Solenidade de Pentecostes nos põem na perspectiva da enorme necessidade de crescer na devoção ao Espírito Santo, a quem um grande teólogo do século XX, o padre Antônio Royo Marín, chamou de o grande desconhecido, e que poderia também ser denominado o grande esquecido.

Espírito Santo e Martírio da Vida Diária

Desde o despertar devemos pedir a intervenção d'Ele em todas as nossas atividades do dia, de acordo com os pontos contemplados na Sequência desta Liturgia.
Nada pode abater quem está cheio do Espírito Santo!
Se ficamos edificados com a integridade dos mártires -sempre firmes na Fé, como foi São Lourenço ao ser queimado na grelha-, nós, embora não tenhamos passado por suplícios como os deles, somos submetidos ao martírio da vida diária, com suas decepções, desilusões e traumas de relacionamento -às vezes até dentro da própria família.
Em qualquer circunstância, devemos ter a certeza de que a solução para todas as angústias, aflições ou perturbações está na luz do Espírito Santo.

Se vivermos neste mundo não pela carne, mas pelo Espírito, seguindo o conselho de São Paulo - "todos aqueles que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus, são filhos de Deus" (Rm 8, 14) -, perceberemos a insignificância de todos os tormentos que nos assaltam ante a esperança na maravilha da ressurreição, quando haveremos de recuperar nossa própria carne, finalmente gloriosa e transformada.

"Emitte Spiritum tuum et creabuntur..."


Nesta Solenidade que encerra o ciclo Pascal, devemos entregar-nos por inteiro ao Divino Espírito Santo, suplicando-Lhe que cuide de nós, conforme reza a Oração do Dia: "realizai agora no coração dos fiéis as maravilhas que operastes no início da pregação do Evangelho".

Desejemos com ardor participar da mesma alegria sentida pelos Apóstolos no momento de Pentecostes, no Cenáculo!
Peçamos que aquela disposição de levar o Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo até os confins do universo se verifique também em nossos dias!

Queiramos ver a face da Terra incendiada por uma labareda de amor segundo as palavras de Jesus: "Eu vim trazer fogo à Terra, e que hei de querer senão que ele arda?" (Lc 12, 49).
É esse o nosso anelo!

Que se espalhe esse fogo com todo seu esplendor, para infundir nova vida à Santa Igreja: "Emitte Spiritum tuum et creabuntur, et renovabis faciem Terræ" (Sl 103, 30), e possa Nossa Senhora proclamar:
"Por fim, meu Imaculado Coração triunfou! ".

Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.