sábado, 13 de junho de 2015

APRENDAMOS DE MARIA A AMAR O CORAÇÃO DO BELO AMOR!

Unidos por um laço de amor incomensurável estão os Sagrados Corações de Nosso Senhor e Nossa Senhora.

 
 
O Imaculado Coração de Maria

Ao se tratar do Sagrado Coração de Jesus, a alma católica pede que se diga uma palavra a respeito do Imaculado Coração de Maria, pois o coração mais semelhante ao do Divino Mestre é precisamente o de sua Mãe Santíssima.
Tão intimamente unidos, que São João Eudes nos ensina que podemos referir-nos a eles no singular, como se tratando de um só e mesmo Coração: “O Coração de Jesus e Maria”.
A esse propósito, Nosso Senhor, revelando-se à beata italiana Batista Varani (séc. XVI), assim
se exprime:
“O gládio mais perfurante que transpassou meu Coração foi o pensar na dor que os sofrimentos e a morte que padeci deveriam causar à minha pura e inocente Mãe! Porque ninguém compartilhava assim dolorosamente como Ela dos sofrimentos de seu Filho.
Foi por essa razão que, com toda justiça, nós A exaltaremos nos Céus e A coroamos rainha dos anjos e dos homens. Como nesta terra ninguém sofreu tanto por Mim quanto esta Mãe querida, ninguém A igualará em glória.
E porque foi Ela um outro Eu mesmo durante meus próprios sofrimentos, Ela é, no Céu, um outro Eu mesmo pelo poder e pela glória.
Não Lhe falta senão a Divindade, da qual nenhuma criatura poderá participar” (DGuéranger, L’Année Liturgique, Maison Alfred et Fils, Tours, 1922).
O Sagrado Coração e o pecador
Quis Ele, assim, que na consideração da intensidade desse amor, nós fôssemos tocados pela graça divina e mudássemos de vida. O que se compreende, porque um grande ato de bondade pode tocar os corações mais empedernidos e, dessa forma, obter conversões as mais brilhantes.
Esse Sagrado Coração representa, portanto, todo o amor de Nosso Senhor Jesus Cristo por cada um de nós, todo o imenso sacrifício que Ele fez para nos resgatar e nos salvar.
Ele nos criou e nos resgatou do pecado pela sua morte infinitamente preciosa. Como Homem-Deus, Ele conhecia todos os homens que haveriam de nascer, amando-os intensamente.
De maneira que, considerando o pecado gravíssimo de algum deles, Ele diria: “Meu filho, ‘você mediu o mal que fez? Para você eu quero o Céu e não o inferno. Farei um milagre na ordem da graça para que você se reabilite”.
Se tivermos a suprema desventura de pecar, portanto de ofender a Deus, devemos imaginar esse Sagrado Coração, de “majestade infinita”, voltando-se para nós, cheio de bondade, e nos inquirindo: “Por que me fizeste isso? Que mal te fiz? Em que te contristei?”
E deixarmo-nos, por assim dizer, precipitar nesse oceano de grandeza, de realeza, de superioridade infinita, que é o Sagrado Coração, do qual brota para cada um de nós uma fonte inexaurível de misericórdia, de afeto, de ternura, de perdão, que nos inunda e quebra nossa maldade.
E, comovidos dessa forma até nossas entranhas, não queiramos outra coisa senão nos arrepender e expiar nossos pecados, para amá-Lo cada vez mais e nos consumirmos em holocausto a Ele.
Sirvam estas considerações de motivação para revermos nossas almas e nossas vidas. Para implorarmos ao Sagrado Coração de Jesus o perdão pelos pecados de que não nos tenhamos arrependido suficientemente, pedindo ainda que, a rogos de Maria Santíssima, Ele nos proteja para evitarmos outros pecados.
Tendo sempre presente a sublime lamentação de Nosso Senhor feita a Santa Margarida Maria: “Eis este Coração que tanto amou os homens e por eles foi tão pouco amado”.
Não, absolutamente não! Não sejamos destes que amam pouco, mais sim dos que amam muito, a ponto de renunciarmos a tudo e sofrermos tudo para segui-Lo.
 
Sagrado Coração de Jesus, Rei e centro de todos os corações – tende piedade de nós!”
*   *   *
Obra consultada:
Pe.Jean-Baptiste Terrien SJ, La devoción au Sacré-Coeur de Jésus d’après les documents authentiques et la Théologie, Pe. Lethielleux. Libraire-Ed iteur. Paris, 1927.

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