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Postado em: 22/02/16 às 10:04:22 por: James
Categoria: Reflexões e P. Point
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Marcado como: Artigo Simples
"...Quando morto d’amor, d’amor matais"
À Coroa de Espinhos
Agostinho da Cruz (Portugal 1540 – 1619)
A que vindes, Senhor, do Céu à terra,
Terra que, sendo vossa, vos enjeita,
E que tanto vos honra e vos respeita,
Que em não vos receber insiste e emperra?
Ah! Quanta ingratidão nela s’encerra!
Quão mal de vossa vinda se aproveita!
Pois se põe a tomar-vos conta estreita,
Mais brada contra vós, quanto mais erra.
E vós de vosso amor puro forçado
Os malditos espinhos lhe pisais,
Dos quais, ainda sendo coroado,
A maldição antiga lhe trocais
Na bênção, que lhe dais crucificado,
Quando morto d’amor, d’amor matais.
Fonte: www.aleteia.org
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