segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

ORAI SEM CESSAR E DEUS VOS OUVIRÁ!


                                              Como posso aprender a orar constantemente?


Como posso aprender a orar constantemente?

Desde a eleição do Papa Francisco, o mundo cristão ouve permanentemente o Papa falando da oração: “Rezem por mim”, “Não se esqueçam de rezar por mim”, “Eu rezo por vocês”. Reza pela paz, pelos cristãos perseguidos, pelos amigos, pelos inimigos…rezar sempre.

ORAÇÃO
OLEADA JOVEN
Mas, você realmente sabe o que é rezar?
Algumas definições curtas e simplesmente incríveis para recordar verdades profundas ao seu coração
Rezar é escutar o Deus que lhe fala.
Rezar é abrir-se finalmente ao que Deus nos propõe desde sempre.
Rezar é abrir-se ao perdão que Deus nos dá.
Rezar é aprender a escutar.
Rezar é abrir-se a Deus para que Ele nos abra ao próximo.
Rezar é ter um momento de intimidade com Deus, é a abertura à vida verdadeira.
Rezar é descobrir que Deus nos ama.
Rezar é encontrar um tempo de silêncio.
Rezar é dedicar um tempo a parar, repensar, reorganizar diante de Deus os dias, as horas e os acontecimentos.
Fonte: Aleteia
***
O arcebispo de La Plata, Dom Héctor Aguer, refletiu sobre o tema da oração e da oração constante, em seu programa semanal do canal América TV. Ele começou dizendo: “Hoje quero lhes falar de um tema que tem muito a ver conosco e com a espiritualidade cristã”. Ele se referia à oração e ao estado permanente de oração.“Todos nós estamos acostumados a rezar e suponho que vocês e eu rezamos todos os dias – disse o bispo. Mas há algo que talvez não levemos sempre em consideração: nossas orações ocupam um momento, alguns momentos do dia. Além disso, todos nós temos a experiência de distrair-nos muitas vezes; nossa oração é rápida e não deixa uma marca profunda em nosso coração.”O prelado explicou que “São Paulo, em sua primeira carta aos tessalonicenses, dizia que é preciso orar sem cessar, sempre, sem interrupção. Ele disse isso àqueles cristãos, mas também está dizendo isso a nós hoje. Mas como se pode orar sem cessar, continuamente, orar o tempo todo? Como comentamos, costumamos orar durante um tempo, uns mais, outros menos. Nós, os sacerdotes, rezamos a Liturgia das Horas, que santifica diversos momentos do dia, da manhã até a noite. Mas… rezar o tempo todo, como isso é possível?”, perguntou-se.

 Para responder a esta dificuldade, o prelado citou Santo Agostinho, quem, segundo o bispo, resolvia as coisas assim: “Oramos o tempo todo com o desejo contínuo da fé, da esperança e da caridade. Isso quer dizer que podemos, inclusive enquanto estamos fazendo outras coisas, ter o coração em Deus”.

“Isso não é fácil – acrescentou. É fácil falar, mas difícil fazer. Os cristãos do Oriente têm uma fórmula que eles chamam de ‘oração de Jesus’; ela consiste em repetir o tempo todo: ‘Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tem piedade de mim, pecador’. Com esta frase, estão adorando Jesus, reconhecendo sua divindade e fazendo um ato de contrição, um ato penitencial. Esta breve oração é belíssima.”
“Eles dizem – continuou o bispo – que esta oração não é repetida oralmente, mas que a pessoa se acostuma a dizê-la interiormente, sem verbalizá-la; fazendo assim, esta breve oração acaba acompanhando as batidas do coração e se torna o que eles chamam de ‘oração do coração’. Esta é uma espécie de solução prática a esse mandato do Apóstolo de orar sem cessar.”
         
Dom Aguer finalizou sua reflexão recomendando “revisar como é nossa relação com Deus e em que medida nos comunicamos com Ele, dialogamos com Ele, exercitamos e nos apoiamos em uma amizade com Ele”.
(Artigo publicado originalmente por AICA)

sábado, 27 de fevereiro de 2016

POESIA- À COROA DE ESPINHOS DE JESUS!




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Postado em: 22/02/16 às 10:04:22 por: James
Categoria: Reflexões e P. Point
Link: http://www.espacojames.com.br/?cat=6&id=14131
Marcado como: Artigo Simples

"...Quando morto d’amor, d’amor matais"

À Coroa de Espinhos
Agostinho da Cruz (Portugal 1540 – 1619)
A que vindes, Senhor, do Céu à terra,
Terra que, sendo vossa, vos enjeita,
E que tanto vos honra e vos respeita,
Que em não vos receber insiste e emperra?

Ah! Quanta ingratidão nela s’encerra!
Quão mal de vossa vinda se aproveita!
Pois se põe a tomar-vos conta estreita,
Mais brada contra vós, quanto mais erra.

E vós de vosso amor puro forçado
Os malditos espinhos lhe pisais,
Dos quais, ainda sendo coroado,

A maldição antiga lhe trocais
Na bênção, que lhe dais crucificado,
Quando morto d’amor, d’amor matais.



Fonte: www.aleteia.org

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

QUE LUGAR DEUS OCUPA NA TUA VIDA SE FALTAS À MISSA AO DOMINGO?

 | Categorias: Igreja CatólicaEspiritualidade

Qual a sua desculpa para não ir à Missa?

Quando uma pessoa falta à Missa para ir ao shopping, para adiantar um trabalho, para dormir algumas horas extras ou para participar de um evento social, não é preciso muito para perceber o lugar que Deus ocupa na sua vida.
P.Visitei os meus parentes na última Páscoa e, infelizmente, eles não foram à Missa. Quando saí para participar, lembrei a eles que faltar à Missa era pecado mortal, ao que eles responderam:
"Isso foi muito tempo atrás... Faltar à Missa não é mais pecado mortal."
O que devo dizer para eles? Preciso de munição.
R.: Mais do que abordar essa questão sob o ângulo do pecado, é preciso trazer à mente qual a importância da Missa. A cada domingo, nós nos reunimos como Igreja, com os corações repletos de alegria, para prestar a Deus o nosso culto de adoração. Mais uma vez, recordamos e professamos a nossa fé no mistério da salvação: Jesus Cristo, o Filho de Deus, sofreu, morreu e ressuscitou para a nossa redenção. As ações salvíficas da Quinta-feira, Sexta-feira e Sábado Santos estão todas reunidas no Santo Sacrifício da Missa. A Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium afirma que "a Liturgia, pela qual, especialmente no sacrifício eucarístico, se opera o fruto da nossa Redenção, contribui em sumo grau para que os fiéis exprimam na vida e manifestem aos outros o mistério de Cristo e a autêntica natureza da verdadeira Igreja" (n. 2).                                   
Mais do que isso, na Missa, cada fiel católico é alimentado com abundantes graças: primeiro, somos nutridos com a Palavra de Deus – a verdade eterna de Deus que nos foi revelada e escrita sob a inspiração do Espírito Santo. Depois, damos a nossa resposta a Ele, professando a nossa santa fé católica, tal como apresentada no Credo, dizendo não simplesmente "Eu acredito", como uma pessoa só, mas "Nós acreditamos", como parte da Igreja.
Então, se estamos em estado de graça, temos a oportunidade de receber Nosso Senhor na Eucaristia. Nós firmemente acreditamos que Ele está verdadeiramente presente nesse sacramento, e que nós recebemos Seu corpo, sangue, alma e divindade na Sagrada Comunhão. A Eucaristia não só nos une intimamente ao Senhor, mas nos une em comunhão aos nossos irmãos e irmãs de toda a Igreja universal. A Santa Eucaristia é um dom muito precioso! Em sua encíclica Ecclesia de Eucharistia, o Papa São João Paulo II sublinha que "esta eficácia peculiar que tem a Eucaristia para promover a comunhão é um dos motivos da importância da Missa dominical". Ali "é o lugar privilegiado, onde a comunhão é constantemente anunciada e fomentada. Precisamente através da participação eucarística, o dia do Senhor torna-se também o dia da Igreja, a qual poderá assim desempenhar de modo eficaz a sua missão de sacramento de unidade" (n. 41).
Com isso em mente, ninguém deveria simplesmente pensar em assistir à Santa Missa para satisfazer uma obrigaçãoParticipar na celebração eucarística é um privilégio e todo fiel católico deveria desejar ardentemente fazê-lo. Nossa atitude não deve ser, "Eu tenho que ir à Missa", mas sim, "Eu quero fazer isso".
Justamente porque nos oferece dons tão preciosos, nos alimenta com tão grandes graças e nos une como Igreja, nós também temos o dever sagrado de participar na Santa Missa. O terceiro mandamento do Decálogo manda "santificar o dia do sábado" (Ex 20, 8). Para o povo judeu, no Antigo Testamento, o sábado marcava o "dia de descanso" após a Criação. Nós, cristãos, sempre guardamos o domingo, dia da Ressurreição do Senhor. Assim como a Criação se inicia no primeiro dia da semana, com Deus dizendo, "Faça-se a luz" (Gn 1, 3), Nosso Senhor, a Luz que veio para destruir a escuridão do pecado e da morte, ressuscitou dos mortos naquele primeiro dia inaugurando a Nova Criação.
Considerando a grandeza da Missa, bem como o Antigo Testamento, que foi devidamente aperfeiçoado pela Igreja, o Código de Direito Canônico prescreve: "O domingo, em que se celebra o mistério pascal, por tradição apostólica, deve guardar-se como dia festivo de preceito em toda a Igreja" (n. 1246). Mais do que isso, "no domingo e nos outros dias festivos de preceito os fiéis têm obrigação de participar na Missa" (n. 1247). Também o Catecismo ensina que "os que deliberadamente faltam a esta obrigação cometem um pecado grave" (n. 2181) — e pecado grave é, de fato, pecado mortal. O Papa João Paulo II repetiu esse preceito em sua carta apostólica Dies Domini, n. 47, e de novo em sua encíclica Ecclesia de Eucharistia, n. 41: "Participar na Missa é uma obrigação dos fiéis, a não ser que tenham um impedimento grave".
Podem surgir certas circunstâncias, é claro, que escusem de assistir à Missa, como quando uma pessoa está doente, tem que lidar com uma emergência, ou não consegue encontrar uma Missa sem grande sobrecarga. Um pastor também pode dispensar uma pessoa da obrigação de assistir à Missa por uma razão grave. Ninguém, por exemplo, muito menos Nosso Senhor, espera que uma pessoa vá à Missa estando tão enferma a ponto de não poder participar fisicamente nela ou de pôr em risco a saúde dos outros; não há virtude alguma em arriscar a própria saúde e ainda por cima infectar a todos na igreja. Ou, no caso de uma tempestade muito forte, uma pessoa deve julgar com prudência se consegue viajar em segurança para assistir à Missa sem que arrisque seriamente a própria vida e a das outras pessoas. Quando surgem circunstâncias graves que impedem uma pessoa de assistir à Missa, ela deve reservar um tempo para rezar, fazer as orações, leituras da liturgia e, pelo menos, participar em espírito — mantendo em mente que, quando circunstâncias graves surgem, uma pessoa não comete pecado mortal por faltar à Missa.
Ao examinar essa questão, contudo, uma pessoa deve refletir realmente no valor e na grandeza da Missa e do sacramento da Eucaristia. Todos os dias, fiéis católicos na República Popular da Chinaarriscam não só oportunidades educacionais e econômicas, mas também as suas próprias vidas, só para assistir à Santa Missa. Em territórios de missão, pessoas viajam vários quilômetros só para participar da Eucaristia. Um missionário africano contou-me que alguns dos seus fiéis caminham 16 quilômetros para vir à Missa aos domingos, e então têm que andar mais 10 milhas de volta. Eles se arriscam e se sacrificam porque realmente acreditam na Missa e na presença do Senhor na Eucaristia.
Quando uma pessoa negligentemente "falta à Missa" só para ir ao shopping, para adiantar um trabalho, para dormir algumas horas extra, para participar de um evento social, ou para não interromper as suas férias, ela está permitindo que alguma coisa tome o lugar de Deus, que algo se torne mais importante que a Santa Eucaristia. Infelizmente, conheci famílias que poderiam ir tranquilamente à igreja, mas que escolhiam deliberadamente não participar da Missa. Ironicamente, eles mandavam os seus filhos para uma escola católica. Sim, um comportamento desse tipo indica que uma pessoa voltou as costas ao Senhor e que está cometendo um pecado grave.
Deus deve vir em primeiro lugar nas nossas vidas. No domingo, nosso primeiro dever como católicos é adorar a Deus na Missa e ser alimentado com a Sua graça. A Didascalia Apostolorum, um escrito do terceiro século, exorta: "Deixai tudo no Dia do Senhor e correi diligentemente à assembleia, porque é o vosso louvor a Deus. Caso contrário, que desculpa darão ao Senhor esses que não se reúnem no Seu dia para ouvir a palavra da vida e receber o divino alimento que dura para sempre?" De verdade, que desculpa eles darão?
Por Pe. William Sanders | Tradução: Equipe Christo Nihil Præponere

POEMAS PARA A QUARESMA!

ESPIRITUALIDADE
ALETEIA TEAM
Poesias para a Quaresma: “Soneto a Jesus”, de Gregório de Matos (1636-1696)
"Arrependido estou de coração, de coração vos busco, dai-me os braços"

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A NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
COM ATOS DE ARREPENDIDO E SUSPIROS DE AMOR
Ofendi-vos, Meu Deus, bem é verdade,
É verdade, meu Deus, que hei delinquido.
Delinquido vos tenho, e ofendido,
Ofendido vos tem minha maldade.
Maldade, que encaminha à vaidade,
Vaidade, que todo me há vencido;
Vencido quero ver-me, e arrependido,
Arrependido a tanta enormidade.
Arrependido estou de coração,
De coração vos busco, dai-me os braços,
Abraços, que me rendem vossa luz!
Luz, que claro me mostra a salvação,
A salvação pretendo em tais abraços,
Misericórdia, Amor, Jesus, Jesus!


Para inspirar a Quaresma: três poemas de um ilustre pecador brasileiro

Para inspirar a Quaresma: mais dois poemas do ilustre pecador brasileiro

O poeta luso-brasileiro Gregório de Matos Guerra (1636-1696) nasceu em Salvador, na Bahia, e é considerado o maior representante do Barroco no Brasil. Crítico e sarcástico diante dos desmandos e hipocrisias de políticos e de membros do clero católico, foi chamado de "Boca do Inferno". Chocou a sociedade colonial com seus poemas eróticos. Perto do final da vida, porém, manifestou arrependimento quanto à sua relação com a Igreja e, em suas obras, passou a refletir sobre a insignificância do homem perante Deus, consciente do pecado e em busca de perdão. Existem controvérsias quanto à autoria do poema "Buscando a Cristo", mas, apesar delas, o texto é comumente atribuído a Gregório de Matos em sua fase de renovação espiritual.A seguir, três poemas escritos por Gregório, ou atribuídos a ele, que podem nos inspirar nesta Quaresma:

SONETO A JESUS CRISTO NOSSO SENHOR CRUCIFICADO
Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,
Da vossa alta piedade me despido;
Antes, quanto mais tenho delinqüido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida já cobrada,
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na Sacra História:
Eu sou, Senhor, ovelha desgarrada,
Cobrai-a; e não queirais, Pastor Divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.
BUSCANDO A CRISTO
A vós correndo vou, braços sagrados,
Nessa cruz sacrossanta descobertos,
Que, para receber-me, estais abertos,
E, por não castigar-me, estais cravados.
A vós, divinos olhos, eclipsados
De tanto sangue e lágrimas cobertos,
Pois, para perdoar-me, estais despertos,
E, por não condenar-me, estais fechados.
A vós, pregados pés, por não deixar-me,
A vós, sangue vertido, para ungir-me,
A vós, cabeça baixa, pra chamar-me.
A vós, lado patente, quero unir-me,
A vós, cravos preciosos, quero atar-me,
Para ficar unido, atado e firme.

Fonte: Aleteia

COMO CATÓLICOS COM QUE FREQUÊNCIA DEVEMOS COMUNGAR?

 
DOUTRINA
jorsh   PADRE PAULO RICARDO
Por que devemos comungar ao menos uma vez por ano?
Católico, conheça e defenda sua fé
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Por que o terceiro mandamento da Igreja pede que se comungue ao menos uma vez por ano, por ocasião da Páscoa da ressurreição? A pergunta é apropriada, porque algumas pessoas podem se escandalizar com este mandamento, questionando se não seria muito pouco comungar apenas uma vez por ano.
De acordo com as diferentes situações, várias posturas foram tomadas pela Igreja. Enquanto em algumas épocas predominou um rigorismo, quando as pessoas só mui raramente se aproximavam da Comunhão, hoje se experimenta certo desleixo na recepção da Sagrada Eucaristia e muitos sequer têm escrúpulos por comungar em pecado mortal. A Santa Mãe Igreja, todavia, possui a justa medida a este respeito. Para entender a história deste terceiro mandamento, Santo Tomás de Aquino explica que:
“Sobre isto, a Igreja estabeleceu legislações diversas conforme as circunstâncias diversas dos tempos. Assim, na Igreja primitiva, quando era intenso o fervor da fé cristã, determinou que os fiéis comungassem diariamente. Por isso, o Papa Anacleto diz: Terminada a consagração, comunguem todos os que não quiserem ficar excluídos da assembléia dos fiéis, pois assim o determinaram os Apóstolos e o tem a santa Igreja Romana. Mais tarde porém, diminuindo o fervor da fé, o Papa Fabiano permitiu que, se não mais frequentemente, pelo menos três vezes no ano todos comungassem, a saber, na Páscoa, no Pentecostes e no Natal do Senhor. Também o Papa Sotero determinou que se comungasse pela Ceia do Senhor. Mas depois, pela multiplicação da iniqüidade, tendo arrefecido a caridade de muitos,Inocêncio III decidiu que os fiéis comungassem pelo menos uma vez no ano, na Páscoa. Aconselha, porém, outro documento, que se comungue todos os Domingos.” [1]

Ficou estabelecido, então, desde o IV Concílio de Latrão, que:
“Cada fiel, de um e de outro sexo, chegando à idade da razão, confesse lealmente, sozinho, todos os seus pecados a seu próprio sacerdote, ao menos uma vez ao ano, e (…) receba com reverência ao menos pela Páscoa o sacramento da Eucaristia, a não ser que, por conselho de seu próprio sacerdote, por um motivo razoável, julgue dever abster-se por certo tempo” [2].
Infelizmente, com o passar do tempo, o povo cristão foi introjetando uma mentalidade rigorista acerca da Eucaristia. Com a heresia jansenista, no século XVII, a situação se agravou ainda mais. Como exemplo, em um livro que ficou popular na França – de título De la fréquente communion(“Sobre a comunhão frequente”) –, o seu autor, Antoine Arnauld, chegava a insinuar que, para comungar, seria preciso não somente estar sem pecados veniais, como também livre das penas devidas pelos pecados. Essa obra fez as pessoas se afastarem da santa Comunhão e faria suspirar Santa Teresinha do Menino Jesus, no final do século XIX, por não poder receber Nosso Senhor tanto quanto gostaria [3].
Anos mais tarde, atendendo aos apelos de Teresinha, o Papa São Pio X, grande admirador da santa carmelita, incentivou os fiéis, com seu extraordinário tino pastoral, à comunhão frequente. Durante o seu pontificado, publicou vários decretos e discursos sobre o assunto, ficando conhecido, por isso, como “Papa da Eucaristia”. Em 20 de dezembro de 1905, no documento Sacra Tridentina Synodus [4], ele ensinava, por exemplo, que:
“A comunhão frequente e diária (…) deve estar aberta a todos os fiéis cristãos, de qualquer ordem ou condição, de modo que ninguém que esteja em estado de graça e aceda com intenção reta e piedosa à sagrada mesa, possa ser impedido dela.”
Em 1910, no decreto Quam Singulari [5], Sua Santidade também falou da importância da Comunhão para as crianças. Estes ensinamentos são a fórmula básica da Igreja e valem até o dia de hoje.
O conteúdo do terceiro mandamento, todavia, é uma realidademínima, como atesta o atual Catecismo da Igreja Católica: “O terceiro mandamento (‘Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição’) garante um mínimo na recepção do Corpo e do Sangue do Senhor em ligação com as festas pascais, origem e centro da Liturgia cristã” [6]. “Este preceito – esclarece ainda o Código de Direito Canônico – deve cumprir-se durante o tempo pascal a não ser que, por justa causa, se cumpra noutra ocasião durante o ano” [7].
Mais do que oferecer a Deus o mínimo, é importante que sejamos devotos e comunguemos com frequência, de acordo com as devidas disposições e com o desejo sempre ardente de nos santificarmos.
Referências:
  1. Suma Teológica, III, q. 80, a. 10, ad 5
  2. IV Concílio de Latrão, cap. 21: DS 812
  3. Cf. Santa Teresinha do Menino Jesus, Ato de Oferecimento ao Amor Misericordioso: “Ah! não posso receber a santa Comunhão tantas vezes quanto desejo, mas, Senhor, não sois Onipotente?… Ficai em mim, como no tabernáculo, não vos afasteis jamais de vossa hostiazinha…”
  4. Cf. Decreto “Sacra Tridentina Synodus”, 20 dez. 1905: DS3375-3383
  5. Cf. Decreto da Sagrada Congregação dos Sacramentos “Quam singulari”, 8 out. 1910: DS3530-3536
  6. Catecismo da Igreja Católica, 2042
  7. Código de Direito Canônico, cân. 920, § 2
Fonte: Aleteia(via Pe. Paulo Ricardo)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

QUANDO QUEREMOS ORAR E NÃO TEMOS PALAVRAS...


Oração “sem palavras”

Uma oração para quando você não sabe o que dizer

Leer más… 

Às vezes, Senhor,
as palavras não saem.
Muitas vezes.
Busco por aqui,
procuro por ali,
mas elas não chegam.
Talvez queiras que seja assim,
que eu apenas confie em Ti.
Então, simplesmente quero estar,
estar como teu discípulo amado,
sem pronunciar nada,
mas ao mesmo tempo
compartilhando tudo.
Só te peço uma coisa:

permite-me ficar,
como o teu discípulo amado,
encostado em teu peito,
descansando no teu colo.
Amém.
Fonte: Aleteia

PEDE E SER-TER-Á DADO UMA MEDIDA CHEIA...

«Pedi e dar-se-vos-á, [...] batei à porta e abrir-se-vos-á.»
Resultado de imagem para pedi e recebereis procurai e achareis batei e abrir-se-vos-á
«Presta atenção às minhas palavras, Senhor!» (Sl 5,2).
 Tu não vieste só por piedade para com o teu povo Israel, mas para salvar todas as nações [...], não só para restaurar uma parte da terra, mas para renovar o mundo inteiro. 

Por isso, «presta atenção às minhas palavras, Senhor!» [...] 
Não rejeites a minha súplica como indigna; não recuses a minha oração. Não peço ouro nem riquezas [...]; mas, desejando o amor e o respeito por Ti, clamo sem cessar:
«Presta atenção às minhas palavras,Senhor!»  
Israel gozou dos teus bens; também o mundo faça a experiência dos teus benefícios. 
Conduziste-o para fora do Egipto; retira-nos do erro. 
Resgataste-o do faraó; liberta-nos do autor do mal.
 Conduziste-o através do Mar Vermelho; conduz os teus filhos através da água do baptismo. 
Guiaste-o com a coluna de fogo; ilumina todo o mundo com o teu Espírito Santo. 
Israel comeu o pão dos anjos no deserto; dá-nos o teu Corpo Santíssimo.
 Ele bebeu a água do rochedo; sacia-nos com o Sangue do teu lado. 
Israel recebeu as tábuas da Lei; grava o teu Evangelho no meu coração e no coração dos meus irmãos. [...]      

«Presta atenção às minhas palavras, Senhor! 
Atende o meu grito!» Por esse grito, Moisés tornou a criação aliada do teu povo [no Mar Vermelho]; por esse clamor, Josué travou o curso do sol (Jos 10,12); por esse brado, Elias tornou estéreis as nuvens do céu (1Rs 17,1); e foi por esse lamento que Ana deu à luz um filho contra toda a esperança (1Sam 1,10s). «Senhor, atende o meu grito!»       

Eu proclamo o poder absoluto do Pai e a mediação do Filho, o seu envio ao mundo e a sua obediência.                  
O Pai preside desde toda a eternidade e tu "inclinaste os céus e desceste" (Sl 28,10; 17,10)... 
No Jordão, recebeste o seu testemunho. Chamando Lázaro para fora do túmulo, deste graças a teu Pai...; multiplicando os pães no deserto, ergueste os olhos para o céu e proferiste a bênção. Quando foste suspenso da cruz, foi Ele quem recebeu o teu espírito; quando foste depositado no túmulo, foi Ele quem te ressuscitou ao terceiro dia. 
                    
Tudo isso eu clamo na minha oração; é isso que proclamo ao longo dos meus dias para toda a humanidade!    



Fonte:EAQ( adaptação de homilia de incógnito)