Poema «Porque te amo, ó Maria», estrofes 4-7
Como te amo, Maria, quando te dizes serva
do Deus que conquistaste pela tua humildade (Lc 1,38),
tornou-te omnipotente essa virtude oculta
que trouxe ao teu coração a Santíssima Trindade.
E quando o Espírito de Amor te cobriu com a sua sombra (Lc 1, 35),
o Filho, igual ao Pai, em ti encarnou.
Inúmeros serão os seus irmãos pecadores,
uma vez que Jesus é o teu primogénito (Lc 2,7)!
Ó Mãe muito amada, apesar da minha pequenez,
trago em mim, como tu, o Todo-Poderoso,
mas não tremo ao ver em mim tanta fraqueza.
Os tesouros da Mãe pertencem aos filhos,
e sendo eu tua filha, ó Mãe querida,
as tuas virtudes e o teu amor não me pertencerão também?
Quando ao meu coração chega a Hóstia santa,
Jesus, teu suave Cordeiro, crê repousar em ti!
Tu fazes-me sentir que não é impossível
seguir os teus passos, ó Rainha dos eleitos,
porque tornaste visível o trilho do Céu,
vivendo cada dia as mais humildes virtudes.
A teu lado, Maria, gosto de ser pequena
para ver como são vãs as grandezas do mundo.
Na tua visita à casa de Isabel,
aprendo a praticar uma caridade ardente.
Aí escuto arrebatada, ó doce Rainha dos anjos,
o canto sagrado que jorrou de teu peito (Lc 1,46s.);
tu ensinas-me a cantar os divinos louvores
e a gloriar-me em Jesus, meu Salvador.
Tuas palavras de amor são rosas místicas
que perfumarão os séculos vindouros.
Em ti, o Todo-Poderoso fez maravilhas,
desejo meditá-las para delas usufruir.
Fonte: EAQ
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