Conta a História Sagrada no I Livro dos
Reis de como os Filisteus, atemorizados por tremendos castigos, resolveram
devolver a Arca Santa aos Judeus.
Durante o regresso
a Arca ficou por algum tempo entre os Betsamitas os quais fizeram grande festa
por tão insigne acontecimento; mas alguns mais curiosos, desejando conhecer o
que havia dentro da Arca, a abriram.
Esta falta de
respeito, para nós tão insignificante, custou a vida de mais de
cinquenta mil pessoas, fulminadas repentinamente pela ira divina enquanto o
povo gritava: Quão terrível é a presença de um Deus tão poderoso e
santo!
D.
— Pelo que vejo, Padre, com Deus não se brinca.
M.
— De fato.
E se
tivéssemos verdadeira fé quando vamos comungar, deveríamos prorromper nas mesmas
exclamações diante de Jesus realmente presente na Santíssima Eucaristia;
Em vez quantos betsamitas
existem ainda hoje que se dizem cristãos, e vão alegres e desejosos de ver e
receber a Jesus Cristo, porém não fazem o que devem para honrá-Lo dignamente.
Não conseguem ver
as purulentas feridas da própria alma, por
estarem atolados na matéria, no sensualismo, no egoísmo.
Não advertem que,
cometendo sempre as mesmas faltas e permanecendo sempre nos mesmos defeitos sem
vontade de se corrigir, aproximando-se temerariamente daquele insondável
Mistério do qual a Arca era uma simples imagem, convertem o remédio em veneno, e
vão buscar a morte na fonte da vida.
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Fonte:
retirado do livro “Comungai bem” do Rev. Pe. Luiz Chiavarino.
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