quinta-feira, 30 de julho de 2015

ORAÇÃO EM POESIA AO SENHOR CRUCIFICADO!

Religião


Uma oração de 400 anos em forma de poesia a Cristo na cruz


"O bem que a tantos bens me convidava, o qual desmereci, vós merecestes..."

Uma poesia para rezar. Ou uma oração em forma de poesia... Não importa: o que importa é o conteúdo de agradecimento a Deus pela redenção imerecida, escrito pelo sacerdote português Baltasar Estaço no começo do século XVII. Uma oração de 400 anos, mas atemporal.

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Cristo na cruz

29.07.2015

 
O bem que a tantos bens me convidava,
O qual desmereci, vós merecestes:
Que a vida que por meu amor perdestes
A vida me alcançou que eu desejava.

O mal que a tantos males me obrigava,
O qual não satisfiz, satisfizestes:
Que a morte que por meu amor sofrestes,
Da morte me livrou, que eu receava.

A vós, Deus amoroso, a vós só amo,
De vós pratico, só, de vós escrevo,
Por vós a vida dou e a morte quero,

Em vós, fogo de amor, em vós me inflamo,
Pois que pago por vós o mal que devo
E mereço por vós o bem que espero.

 
 sources: Aleteia

quarta-feira, 29 de julho de 2015

MESTRE E REI DA HUMANIDADE! QUER QUEIRAM OU NÃO!

Imagem do Sagrado Coração de Jesus que pertenceu a Dona Lucília Corrêa de Oliveira, virtuosíssima mãe do Dr. Plínio Correa de Oliveira.
Plínio Correa de Oliveira – grande líder católico do Século XX

O que essa imagem do Sagrado Coração de Jesus torna patente aos nossos olhos?
Quando a pessoa é tocada por uma graça, ela apresenta muito bem a certeza de que Nosso Senhor Jesus Cristo é Deus.
Nosso Senhor está tão bem representado, tão ereto; o busto e o porte d’Ele tão varonis, tão sérios, próprios a quem pensa em tudo com seriedade para ver a realidade das coisas.
É a própria imagem da certeza. O conjunto revela a amplitude das grandes visões do universo e de tudo quanto existe.
O cabelo d’Ele divide a cabeça em duas partes, parecendo marcar uma simetria universal no mundo onde tudo se pode ver em dois aspectos afins, mas distintos, e que constituem uma harmonia superior.
O cabelo cai ao longo da cabeça e sobre os ombros mansamente, lisamente; em uma ordem perfeita, impecável, suave. Tão acolhedora e tão afável, que não há um fio que não esteja bem posto.
O olhar dirigido ao observador é cheio de convicções e de reflexões, que se acumularam num prodigioso depósito de certezas, comunicando-se estas às outras que Ele vai deduzindo.
Tudo isso se passa num plano tão alto, tão extraordinário, que Ele se manifesta ao mesmo tempo como verdadeiro rei e verdadeiro mestre.
Rei por excelência é Ele. Não porque tem o hábito de mandar, nem porque os outros reconhecem n’Ele o direito de mandar, mas por sua própria essência.
É rei na sua essência, independente do que os demais pensem ou não pensem, queiram ou não queiram.
Mestre por excelência é Ele, que ensina uma verdade perfeita, total, a respeito da qual não há nada a dizer, senão: “Sim, adoro-Vos!
*   *   * 
Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 14 de março de 1993. Sem revisão do autor.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

QUANDO NADA MAIS FIZER SENTIDO... INVOQUE-MO-LO E ELE VEM!

Oração da alma desamparada
Santa Bernadette Soubirous
Ó Jesus desolado e ao mesmo tempo refúgio das almas desoladas, Vosso amor ensina-me que é de Vossos abandonos que devo haurir toda a força de que necessito para suportar os meus. Estou persuadida de que o abandono mais temível em que eu possa cair seria não participar do Vosso. Mas, como Vós me destes a vida com a Vossa morte, e me livrastes, por Vossos sofrimentos, daqueles que me eram devidos, também merecestes, pelo Vosso desamparo, que o Pai celeste não me desamparasse, e que nunca estivesse mais próximo de mim, por Sua misericórdia, do que quando estou mais unida (a Vós) pela desolação.
Ó Jesus, luz da minha alma, iluminai os meus olhos interiores no tempo da tribulação; e já que me é útil sofrer, não leveis em conta meus temores nem minha fraqueza.
Eu Vos conjuro, ó meu Deus, por Vossos desamparos, não que não me aflijais, mas que não me abandoneis na aflição, que me ensineis a procurar-Vos nela como o meu único consolador, que sustenteis nela a minha Fé, que nela fortifiqueis minha esperança, que purifiqueis nela o meu amor; concedei- me a graça de reconhecer nela a Vossa mão, e de não desejar nela outro consolador a não ser Vós.
Humilhai-me então quanto Vos aprouver, e consolai-me somente a fim de que eu possa sofrer e perseverar até a morte no sofrimento. Já que as graças que Vos peço são fruto de Vossos desamparos, fazei que sua virtude se manifeste na minha fraqueza, e glorificai-Vos na minha miséria, ó meu Jesus, único refúgio da minha alma.
Ó Mãe Santíssima do meu Jesus, que vistes e sentistes a extrema desolação do Vosso querido Filho, assisti-me no tempo da minha.
E vós, santos do Paraíso, que passastes por esta provação, tende compaixão daqueles que sofrem, e obtende-me a graça de ser fiel até a morte.
 
(Extraída do livro Bernadette Soubirous, do Pe. André Ravier. São Paulo: Loyola, 1985, p. 81-82)
 -(Revista Arautos do Evangelho, Março/2010, n. 99, p. 45)

IMPLOREMOS A DIVINA MISERICÓRDIA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

A finalidade da devoção ao Sagrado Coração de Jesus é ainda o amor dos homens, a quem Ele deseja a verdadeira conversão.

Já vimos que os intuitos de Nosso Senhor no escritos de Santa Gertrudes foi fazer conhecer a ternura do seu Coração, atrair desse modo a si muitos corações.
Jesus também deu várias vezes sensivelmente os nossos corações a Gertrudes, e recebeu o coração da Santa em troca, para nos assinalar o dom mútuo dos corações que o seu amor pede entre Ele e nós.
Conservou sempre o coração de Gertrudes fielmente unido ao seu, para nos servir ainda de modelo:
“Gertrudes, dizia Jesus a Santa Mechtilde, adere de tal forma ao meu Coração, e conservo-a de tal forma unida a ele, que ela se tornou um mesmo espírito comigo.
Por isto ela vive em absoluta dependência das minhas vontades; os membros estão menos sujeitos ao coração do que Gertrudes está sujeita às minhas vontades.
 
Mal o homem diz à mão, pelo pensamento: faze isto; ao olho: olha; à língua: fala; ao pé: anda; logo, sem a menor demora, a mão, a língua, o olho, o pé obedecem.

Gertrudes é para mim como uma mão, um olho, uma língua de que disponho a meu talante, sem que lhes resistam a nenhum de meus desejos”.
Jesus manifesta em particular a Gertrudes o quanto o seu Coração divino deseja a conversão dos pecadores. A Santa rezava um dia por uns malvados que haviam causado um grande prejuízo ao seu mosteiro.
Nosso Senhor mostrou-se então a Gertrudes: estava com um braço dolorosamente dobrado e torcido, os nervos pareciam-lhe partidos. E Jesus lhe disse:
“Aqueles que me pedem pela conversão desses infelizes derramam um bálsamo salutar no meu braço doente, e com mão delicada reconduzem pouco a pouco os músculos à posição primitiva”.
Surpresa com este excesso de benignidade, Gertrudes disse a Jesus:
“Dulcíssimo Senhor, como podeis chamar vosso braço a tais pessoas tão indignas dessa honra? – Chamo-lhes assim com verdade, porque elas são do corpo da Igreja, de que me honro de ser a Cabeça.
 
Por isso o interesse das suas almas desperta em mim solicitudes inexprimíveis: o meu coração deseja com indizível ardor que esses infelizes se convertam”.
Reflexão:
A finalidade íntima a que Nosso Senhor se propôs revelando ao mundo a devoção ao seu Sagrado Coração, é ainda o amor dos homens, que Ele quer atrair todos a si.
*   *   *
Fonte: retirado do livro “Amor, Paz e Alegria: Mês do Sagrado Coração de Jesus segundo Santa Gertrudes” do Rev. Pe. André Prevot.

sábado, 25 de julho de 2015

AMOR DE MÃE É RADICAL! É PARA PENSAR...

“Eu o beijei, disse que o amava e pulei com ele pela janela”

 Testemunho de uma jovem mãe que ficou paraplégica ao salvar seu filho de um incêndio
 Christina Simoes, uma jovem mulher de 23 anos do estado de Massachussetts, ficou paraplégica ao pular da janela do terceiro andar, na tentativa de salvar seu filho de 18 meses das chamas. Ela não poderá voltar a caminhar, mas afirma que não há melhor maneira de dar sentido à sua vida que salvando seu pequeno. 
Alfa y Omega
21.05.2014
USA : Christina Simoes, a heroic mother

QUANDO O AMOR FALA MAIS ALTO A PRÓPRIA VIDA
WCVB abc TV
FICA EM SEGUNDO PLANO

Christina Simoes, uma jovem mulher de 23 anos do estado de Massachussetts, ficou paraplégica ao pular da janela do terceiro andar, na tentativa de salvar seu filho de 18 meses das chamas. Ela não poderá voltar a caminhar, mas afirma que não há melhor maneira de dar sentido à sua vida que salvando seu pequeno.

Esta mulher deu vida ao seu filho pela segunda vez.

“Eu o beijei, disse que o amava e pulei com ele pela janela.” Christina sabia o que fazer quando as chamas e a fumaça invadiram sua casa. Ela e seu filho Cameron, de 18 meses, haviam ficado presos quando começou um incêndio no prédio em que moravam. Ela não podia continuar esperando ajuda, e entendeu que a única saída possível era a janela.

Pegou seu filho no colo e pulou de costas. Mais de dez metros de queda, que ela tentou suavizar somente com os pés, para, com os braços, proteger seu filho. O pequeno saiu ileso, mas ela quebrou várias vértebras, e imediatamente perdeu a sensibilidade nas pernas. Arrastou o pequeno fora do alcance dos escombros incendiados que começavam a cair e, pois depois, os dois foram levados ao hospital.

Após uma primeira cirurgia de mais de seis horas, a jovem se estabilizou e começou um longo processo de recuperação e reabilitação, sempre acompanhada do seu filho. Agora, junto a Cameron e seu esposo, ela começa uma nova vida, muito diferente da que levava poucas horas antes do incêndio.

Mas, para ela, tudo isso tem muito sentido: “Eu voltaria a fazer tudo, com certeza. Toda a dor pela qual tenho de passar agora faz sentido ao ver meu filho correr são e salvo”, disse às câmeras de televisão que divulgaram sua história.

Sua família e seus amigos se mobilizaram em busca de fundos para os jovens pais, que não têm nenhum tipo de plano de saúde que cubra os gastos médicos de Christina.

Ainda que muitos a considerem uma heroína, ela explica: “Sou apenas uma mãe”.

(Artigo publicado originalmente por Alfa y Omega)

 

sexta-feira, 24 de julho de 2015

MARIA A MÃE AMOROSA E PROTECTORA PARA COM OS SEUS FILHOS!

Maria Santíssima nos deu a vida sobrenatural, a vida para a Graça Santificante de Deus.

 
Até os católicos menos instruídos sabem que Maria é sua Mãe.

Antes mesmo de ter ouvido pronunciar as palavras Imaculada Conceição, virgindade, Assunção, toda criança que já consegue balbuciar uma oração sabe que a Mãe de Jesus é também sua Mãe.
Mas qual o significado exato deste título?
Grande é o número dos cristãos que, mesmo sendo devotos da Virgem, têm sobre a maternidade espiritual uma compreensão bem imperfeita e limitada.
Nossa piedade filial para com Maria, que tem seu fundamento nessa maternidade, não pode deixar de ser imperfeita e limitada se ela é mal compreendida.
Maria nos transmite a vida sobrenatural
O que significa a maternidade espiritual?
Por maternidade espiritual entendemos que Maria Santíssima nos deu a vida sobrenatural, tão verdadeiramente como nossas mães nos deram a vida natural.
Da mesma forma como nossas mães o fazem para a nossa vida natural, Nossa Senhora alimenta, protege, desenvolve e expande nossa vida sobrenatural a fim de conduzi-la à perfeição.
Todo homem compreende a realidade da vida natural, porque a vemos, tocamos, sentimos e percebemos em todas as nossas atividades exteriores e interiores.
Por assim dizer, a vida natural se confunde com a nossa identidade, e só tomamos consciência da nossa individualidade sentindo-nos viver.
A vida natural é a grande realidade, de tal modo preciosa a nós que, se necessário, fazemos por sua conservação o sacrifício de todos os nossos outros bens terrestres, fortuna, prazeres, ambições.
A fé nos ensina que, ao lado da nossa vida natural, há para o católico uma outra, dita sobrenatural ou espiritual, ou ainda “estado de graça”.
Porém, como esta vida sobrenatural não pode ser vista, tocada e nem constatada diretamente, a muitos ela parece algo vago, etéreo, inconsistente, algo até negativo tratando-se da ausência de pecado grave.
Ou então, se nela há algo positivo, resume-se a uma relação exterior de amizade entre a alma e Deus. 
*   *   *
Fonte: retirado do livro “Maria Santíssima como a Igreja ensina” do Rev. Pe. Émile Neubert

PAPA FRANCISCO NOS ENSINA A PEDIR AO CRIADOR, SENHOR OMNIPOTENTE...

Religião

Duas orações do Papa Francisco pela proteção do planeta

 Na encíclica #LaudatoSi, o Santo Padre nos ensina a pedir a Deus criador pela nossa terra.
22.06.2015
Pope Francis in contemplative mode
Catholic Church England
A encíclica Laudato si, do Papa Francisco, termina com duas orações: uma oferecida para ser compartilhada com todos os que creem em “um Deus criador onipotente”, e a outra proposta aos que professam a fé em Jesus Cristo. O Papa apresenta as orações assim: “Depois desta longa reflexão, jubilosa e ao mesmo tempo dramática, proponho duas orações: uma que podemos partilhar todos quantos acreditam num Deus Criador Onipotente, e outra pedindo que nós, cristãos, saibamos assumir os compromissos para com a criação que o Evangelho de Jesus nos propõe” (n. 246).

ORAÇÃO PELA NOSSA TERRA


Deus Onipotente,
que estais presente em todo o universo
e na mais pequenina das vossas criaturas,
Vós que envolveis com a vossa ternura
tudo o que existe,
derramai em nós a força do vosso amor
para cuidarmos da vida e da beleza.
Inundai-nos de paz,
para que vivamos como irmãos e irmãs
sem prejudicar ninguém.
Ó Deus dos pobres,
ajudai-nos a resgatar
os abandonados e esquecidos desta terra
que valem tanto aos vossos olhos.
Curai a nossa vida,
para que protejamos o mundo
e não o depredemos,
para que semeemos beleza
e não poluição nem destruição.
Tocai os corações
daqueles que buscam apenas benefícios
à custa dos pobres e da terra.
Ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa,
a contemplar com encanto,
a reconhecer que estamos profundamente unidos
com todas as criaturas
no nosso caminho para a vossa luz infinita.
Obrigado porque estais conosco todos os dias.
Sustentai-nos, por favor, na nossa luta
pela justiça, o amor e a paz.

ORAÇÃO CRISTÃ COM A CRIAÇÃO


Nós Vos louvamos, Pai,
com todas as vossas criaturas,
que saíram da vossa mão poderosa.
São vossas e estão repletas da vossa presença
e da vossa ternura.
Louvado sejais!
Filho de Deus, Jesus,
por Vós foram criadas todas as coisas.
Fostes formado no seio materno de Maria,
fizestes-Vos parte desta terra,
e contemplastes este mundo
com olhos humanos.
Hoje estais vivo em cada criatura
com a vossa glória de ressuscitado.
Louvado sejais!
Espírito Santo, que, com a vossa luz,
guiais este mundo para o amor do Pai
e acompanhais o gemido da criação,
Vós viveis também nos nossos corações
a fim de nos impelir para o bem.
Louvado sejais!
Senhor Deus, Uno e Trino,
comunidade estupenda de amor infinito,
ensinai-nos a contemplar-Vos
na beleza do universo,
onde tudo nos fala de Vós.
Despertai o nosso louvor e a nossa gratidão
por cada ser que criastes.
Dai-nos a graça de nos sentirmos
intimamente unidos
a tudo o que existe.
Deus de amor,
mostrai-nos o nosso lugar neste mundo
como instrumentos do vosso carinho
por todos os seres desta terra,
porque nem um deles sequer
é esquecido por Vós.
Iluminai os donos do poder e do dinheiro
para que não caiam no pecado da indiferença,
amem o bem comum, promovam os fracos,
e cuidem deste mundo que habitamos.
Os pobres e a terra estão bradando:
Senhor, tomai-nos
sob o vosso poder e a vossa luz,
para proteger cada vida,
para preparar um futuro melhor,
para que venha o vosso Reino
de justiça, paz, amor e beleza.
Louvado sejais!
Amém

Fonte: Aleteia

"FICAREI CONVOSCO ATÉ AO FIM DOS TEMPOS!" EI-LO NO MEIO DE NÓS

5 Milagres Eucarísticos Extraordinários (com fotos!)

 
Os católicos acreditam que Jesus Cristo esta realmente e substancialmente presente na Eucaristia. Há muitas histórias de milagres ao longo da história da Igreja que parecem confirmar este importante ensinamento.
É importante lembrar que nenhum católico é obrigado a acreditar em qualquer dessas histórias. Mesmo que elas tenham sido investigados e aprovadas pela Igreja, a Igreja não dá qualquer garantia absoluta de sua autenticidade. Nem o dogma católico da transubstanciação (que se baseia na Escritura e Tradição)  depende da autenticidade dessas histórias. 
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 Milagre de Lanciano – século 8
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No século 8, um padre em Lanciano, Itália estava sentindo dúvidas sobre a presença real de Jesus na Eucaristia. No meio da missa, ele disse as palavras da consagração (“Este é o meu corpo”, “Este é o meu sangue) e viu o pão e o vinho se transformando em carne humana e sangue . O sangue coagulou em cinco glóbulos (mais tarde acreditado  ser representação das cinco chagas de Cristo). O milagre espalhou-se rapidamente, o arcebispo local lançou uma investigação, e a Igreja aprovou o milagre.
A carne ainda é preservada até hoje. Professor de anatomia Odoardo Linoli realizou uma análise científica da carne em 1971 e concluiu que a carne era tecido cardíaco, o sangue parecia ser sangue fresco (em oposição ao sangue que era 1.200 anos de idade), e não havia nenhum vestígio de conservantes.
Você pode visitar a carne e sangue milagrosos na Igreja de San Francesco em Lanciano, Itália.
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 Omilagre de Bolsena – do século 13
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Entre os milagres realizados pela Santíssima Eucaristia é o de Bolsena o mais conhecido, por ter concorrido de modo especial para a introdução da Festa do Corpo de Deus na Igreja inteira. Em 1264 um piedoso sacerdote da Alemanha empreendeu uma viagem a Roma.quis procurar o Santo Padre a fim de pedir esclarecimentos e consolações nas graves dúvidas de fé que o atormentavam. Estas dúvidas versavam particularmente sobre a presença real de Jesus no Santíssimo Sacramento. Chegando de sua viagem a Bolsena, celebrou a Santa Missa na Igreja de Santa Cristina. Ainda aí, mais uma vez, gravíssimas tentações e dúvidas o assaltaram, porém, devia ser a última pois Deus quis curá-lo por um magnífico milagre. Passara-se a consagração do pão e do Vinho. Acabada esta última, o preciosíssimo sangue começou a borbulhar, subiu, subiu, transbordando e gotas e muitas gotas derramaram-se sobre o corporal, tingindo-o de sangue. Assustado com o fato inexplicável, pensa em ocultar o milagre, tanto mais que o atribui ao seu pecado. Dobra, cuidadosamente o corporal e procura escondê-lo debaixo da pedra d’ara. Mas, o sangue passa elo linho e quatro gotas caem sobre os degraus do altar, deixando impressos os sinais evidentes do sangue. Que fazer? Já não podia mais ocultar o milagre, mas continua a julgar um castigo por suas dúvidas. Soube então que o Papa estava perto de Orvieto. Resolveu procurá-lo, confessar suas dúvidas e narrar o acontecido. O Papa mandou trazer à sua presença aquele corporal, para verificar o que havia de verdadeiro, depois de ter verificado o fato inegável, mandou conservar o dito corporal na catedral de Orvieto. O mármore, sobre o qual tinham caído as gotas de sangue, guardou-se religiosamente na Igreja de Santa Christina em Bolsena, onde se deu este grande milagre. O Papa Nicolau V lançou a pedra fundamental de uma nova Igreja , onde devia ser venerado aquele admirável corporal, que até hoje, é objeto de grande devoção. Este milagre removeu os últimos obstáculos à introdução da festa do CORPO DE DEUS.
Milagre eucarístico “permanente” em Siena, Itália.
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Na basílica de São Francisco na cidade de Siena, na Toscana, norte da Itália, venera-se um dos mais impressionantes milagres eucarísticos já acontecidos e que perdura até hoje.
Trata-se de 223 hóstias consagradas há 280 anos e que até agora estão intactas em uma das capelas laterais da basílica.
Os peregrinos “vêm de todo o mundo, onde há católicos. Vêm para ver o milagre. Quando chegam, cantam, comovem-se e choram de alegria”, explica o sacerdote franciscano Frei Paolo Spring, responsável da custódia das hóstias consagradas.
O fato sobrenatural aconteceu 14 de agosto de 1730. Mais precisamente, na véspera da festa da assunção de Nossa Senhora.
Na previsão da festa em todas as igrejas de Siena, os sacerdotes consagraram hóstias adicionais para quem quisesse receber o Corpo de Cristo no dia seguinte.
Na noite daquele dia, todos os sacerdotes de Siena se reuniram na catedral para fazer uma vigília e deixaram suas respectivas igrejas sozinhas. Alguns ladrões aproveitaram e entraram na basílica de São Francisco para roubar o copo de ouro com as hóstias consagradas.
Na manhã seguinte se deram conta do sacrilégio: as hóstias não estavam e, no meio da rua, um paroquiano encontrou a parte de cima do copo confirmando que a Sagrada Eucaristia havia sido roubada.
 
Os habitantes de Siena começaram então a rezar para que aparecessem as partículas que do Corpo, Sangue, alma e divindade de Jesus Cristo.
Três dias depois, um homem que rezava na igreja de Santa Maria em Provenzano, bem perto da Basílica de São Francisco, viu algo de cor branca numa caixa destinada para doação dos pobres.
Quando abriram a caixa, encontraram as 351 hóstias consagradas ‒ o número exato de hóstias roubadas.
Elas estavam cheias de poeira e teia de aranha e os sacerdotes as limparam cuidadosamente.
Milhares de fiéis foram até a basílica em espírito de adoração e reparação para agradecer a descoberta. Essas não foram distribuídas, ao que parece, porque os franciscanos queriam que os peregrinos as adorassem até o momento em que se deteriorassem (porque ao se deteriorar, desaparece a presença real de Cristo).
Mas as hóstias permaneciam intactas e com um odor muito agradável. O povo começou a considerá-las milagrosas e cada vez iam mais peregrinos para adorá-las. Algumas poucas foram distribuídas em ocasiões especiais.
Hoje, 280 anos depois, ainda permanecem 223 hóstias exatamente no mesmo estado que tinham no dia em que foram consagradas.
“Em diversas etapas foram examinadas e fisicamente conservam todas as características de uma hóstia recém-feita”, explica o padre Paolo.
Em 1914, foi feito um exame mais rigoroso desse milagre, por disposição do Papa São Pio X. “As Sagradas Partículas resultaram em perfeito estado de consistência, lúcidas, brancas, perfumadas e intactas”, disse padre Spring.
Na mesma ocasião os exames constataram que as hóstias roubadas estavam conservadas sem precauções científicas e guardadas em condições normais, e que, por isso mesmo, a deterioração deveria ter sido rápida.
Numerosos Papas e Santos ‒ como Don Bosco ‒ foram adorar o Corpo de Cristo miraculosamente preservado até hoje.
“Aqui existem duas coisas milagrosas”, diz o padre Spring, apontando as hóstias consagradas há quase três séculos. “O tempo não existe, se deteve”. E o sacerdote explica o segundo milagre: “os corpos compostos e as substâncias orgânicas estão sujeitos a murchar”. É um milagre vivo, contínuo, não sabemos até quando o Senhor o permitirá”, concluiu.
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O Milagre do Chirattakonam, India – Século 21
Este Milagre Eucarístico ocorreu no dia 5 de maio de 2001 em Trivandrum, Índia. Na Hóstia apareceu o rosto de um homem similar ao de Cristo coroado de espinhos. Sua Beatitude Cyril Mar Baselice, Arcebispo dessa Diocese escreveu sobre esse Prodígio: “…Para nós que temos fé, o que vimos é algo que desde sempre acreditamos …Se o Nosso Senhor está falando conosco através deste sinal, temos certamente que responder.” A Hóstia está conservada num Ostensório dentro da igreja.
O Padre, Frei Johnson Karoor, pároco da igreja na qual ocorreu esse Milagre Eucarístico conta no seu depoimento: “no dia 28 de abril de 2001, na igreja da paróquia de St. Mary of Chirattakonam, iniciamos, como todos os anos, a novena de São Judas Tadeu. Às 8:49 da manhã, expus o Santíssimo Sacramento e comecei a Adoração pública. Depois de alguns minutos vi que apareceram três pontinhos na Santa Eucaristia. Deixei então de rezar e comecei a olhar o Ostensório. Chamei à atenção dos fiéis para os três pontos e lhes pedi que continuassem a rezar. Coloquei então o Ostensório dentro do Tabernáculo. No dia 30 de abril, celebrei a Santa Missa e no dia seguinte parti para Trivandrum.
Na manhã do dia 5 de maio de 2001, que caía num sábado, abri a igreja para a celebração da missa, me preparei e fui abrir o Tabernáculo para ver que coisa tinha acontecido à Eucaristia que estava no Ostensório. Imediatamente reparei que nela estava figurado um rosto humano. Fiquei muito perturbado e pedi aos fiéis que se ajoelhassem e começassem a rezar. Pensava que só eu via o rosto e perguntei ao coroinha que coisa ele via no Ostensório. Ele respondeu: “vejo a figura de um homem.” Notei que os fiéis olhavam fixamente o Ostensório.
Começamos a Adoração e a figura do homem, com o passar do tempo era cada vez mais nítida. Não tive a coragem de falar nada e comecei a chorar. Durante a Adoração temos o costume de ler um versículo da Sagrada Escritura e a citação daquele dia era aquela do capítulo 20 do Evangelho de São João que narra a aparição de Jesus Ressuscitado a São Tomé na qual o Senhor pede que o apóstolo veja as suas chagas. Consegui dizer umas poucas palavras na Homilia e tendo que ir a celebrar a Missa na paróquia vizinha de Kokkodu, mandei chamar um fotógrafo para tirar fotos da Santa Eucaristia com o rosto humano. Duas horas depois as fotos estavam reveladas e a cada foto o rosto era sempre mais nítido.”
O Milagre Eucarístico de Santarém – do século 1351

Corria o ano de 1247, segundo uns cronistas, ou o de 1266, segundo outros.
Em Santarém, hoje cidade e então vila de Portugal, vivia uma pobre mulher a quem o marido muito ofendia, andando desencaminhado com outra.
Cansada de sofrer, foi pedir a uma bruxa judia que, com os seus feitiços, desse fim à sua triste sorte.
Prometeu-lhe esta remédio eficaz, para o que necessitava de uma Hóstia Consagrada.
Depois de naturais hesitações, a mulher consentiu no sacrilégio.
Foi à Igreja de Santo Estêvão, confessou-se e pediu comunhão.
Santarém, Igreja do Milagre, interior
Recebida a sagrada partícula, com cautela tirou-a da boca, embrulhando-a no véu. Saiu logo da igreja e encaminhou-se para a casa da feiticeira.
Sem que ela notasse, do véu começou a escorrer Sangue. V
isto o fenômeno por várias pessoas, perguntaram que ferimentos tinha, que tanto sangue fazia jorrar.
Confusa em extremo, a mulher correu logo para casa e encerrou a Hóstia miraculosa numa de suas arcas.
À tarde voltou o marido. Alta noite, acordam os dois e vêem a casa toda resplandecente. Da arca saíam misteriosos raios de luz.
Inteirado o homem do ato pecaminoso da mulher, passaram de joelhos o resto da noite, em adoração.
Mal rompeu o dia, foi o pároco informado do prodígio sobrenatural. Espalhada a notícia, meia Santarém acorreu pressurosa a contemplar o milagre.
A Sagrada Partícula foi então levada processionalmente para a Igreja de Santo Estêvão, onde ficou conservada dentro duma custódia feita de cera.
Passado algum tempo, ao abrir-se o sacrário para expô-la à adoração dos fiéis, como era costume, encontrou-se a cera feita em pedaços.
Com espanto se viu estar a Sagrada Partícula encerrada numa âmbula de cristal, miraculosamente aparecida.
Esta pequena âmbula foi colocada numa custódia de prata dourada, onde ainda hoje se encontra. Santo Estêvão é hoje a Igreja do Santíssimo Milagre.
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Fonte: Ave Luz

quinta-feira, 23 de julho de 2015

NÃO HÁ AMOR MAIOR DO QUE O AMOR DE MÃE!

Orações de uma Mãe
Redação    
     É difícil haver maior amor humano que o de uma mãe por seu filho. Antes mesmo de ele nascer, ela já o quer. Por isso mesmo, é indizível o seu sofrimento quando o vê transviar-se por tortuosos e sinistros caminhos.
Esse tema, de todas as épocas, levou Catherine Moitessier, condessa de Flavigny, a incluir estas confortadoras preces na sua "Coletânea de orações, meditações e leituras". O livro foi publicado em Tours (França), no fim do século XIX, e teve tanto êxito que chegou a alcançar as dezoito edições.
 
Oração pelo filho ao qual dará a luz
Ó meu Deus, que me designastes para dar a vida a criaturas que devem tornar-se vossos filhos, filhos da Santa Igreja, irmãos de Jesus Cristo, herdeiros do Céu, dou-Vos graças por me ter concedido tal benefício e uma glória tão bela.
Imploro-Vos tornar-me digna desta elevada vocação que me condedestes.
Ofereço-Vos desde já, Senhor, o filho que me destes. Dignai-Vos preservar-me de todo acidente que possa ser-lhe funesto, e conceder-me a força necessária para trazê-lo aoNossa Senhora e o Menino Jesus - Basílica de San Carlo al Corso - Roma Italia.jpgmundo.
Tomai, meu Deus, a mãe e o filho sob a proteção de vossa bondade paterna.
- Que Nosso Senhor, O qual, vivendo neste terra, tanto amou os pequeninos, abençoe desde já também este e o marque com o selo de seus eleitos.
- Que o santo Anjo designado para a sua guarda o mantenha vivo até o momento do batismo, o tome pela mão desde seu nascimento e o conduza até a hora da morte, sem permitir que manche a alva túnica de sua inocência!
- Que Maria, Mãe Imaculada de Jesus e recurso de todas as pobres mães, se digne vir em meu auxílio!
- Ó meu Deus, possa meu filho deixar meus braços e esta terra tão somente para encontrar-se convosco, junto aos coros celestiais dos anjos, ou na comunidade de vossos santos. Assim seja.
Oração pelo filho desencaminhado
 
Ó Jesus, Salvador e Redentor dos homens, Vós, que na tocante parábola do filho pródigo testemunhastes uma tão doce misericórdia pelos filhos que se desencaminham, dignai-Vos reconduzir o meu infelizmente arrastado para longe de Vós, longe de mim, longe do dever. Meu pobre filho!Ó Jesus, Salvador E Redentor dos homens, Vós, que na tocante parábola do filho pródigo testemunhastes uma tão doce misericórdia pelos filhos que se desencaminham, dignai-Vos reconduzir o meu infelizmente arrastado para longe de Vós, longe de mim, longe do dever. Meu pobre filho!
Ó meu Deus, eu Vos suplico, pelas lágrimas de Maria Santíssima, abri os olhos dele, tocai seu coração, quebrai as correntes que o escravizam, dai-lhe coragem. Que ele volte para Vós como um outro Agostinho, abrace Vossos pés sagrados como Madalena arrependida.
Mas, se diante de vossos olhos, aos quais nada é escondido, ó meu Deus, eu tive a terrível responsabilidade pelos desvarios que deploro;
Se, por negligência ou por uma culposa fraqueza, eu permiti que se inoculasse e desenvolvesse na alma de meu filho germens perigosos;
Se, mais tarde, de algum modo autorizei suas desordens, pela leviandade de minhas palavras ou de minha conduta, ó Senhor, vede meu arrependimento, a dor que expia as minhas faltas.
Perdoai a nós dois, e dai-nos a graça de nos unirmos a Vós para sempre. Assim seja
(Revista Arautos do Evangelho, Maio/2002, n. 5, p. 33)

DEVEMOS INVOCAR OS SANTOS?

Todos os Santos se reunem em adoração ao Cordeiro de Deus. E todos são iluminados pela graça do Espírito Santo.

Volto à questão, apresentada acima, sobre se há uma obrigação de recorrer à intercessão dos santos.
Não é minha intenção resolver esta questão: contudo, não posso deixar de apresentar uma doutrina do Angélico (referência a São Tomás de Aquino).
Ele, antes de tudo, em vários lugares supracitados e, especialmente no livro das Sentenças, tem por certo que cada um é obrigado a orar, porque de outro modo, não se pode (como diz ele) receber de Deus as graças necessárias à salvação, a não ser pela oração:
“Cada um é obrigado a rezar, porquanto deve procurar os bens espirituais, que só por Deus são concedidos e que só podemos alcançá-los por meio da oração”.
Em outro lugar do mesmo livro, o mesmo Santo propõe a dúvida: se devemos invocar os santos, a fim de que peçam por nós. É esta a resposta do Santo, que vamos dar em sua íntegra, para melhor compreensão:
“A ordem estabelecida por Deus, segundo Dionísio, é que todas as coisas sejam referidas a Deus, por meio das últimas mediações.
Ora, como os santos do céu estão próximos de Deus, a ordem da lei divina requer que nós, enquanto vivermos neste mundo e estivermos longe do Senhor, sejamos conduzidos a Ele pelos santos que são os medianeiros.
E isso acontece quando Deus derrama, por eles, sobre nós, os efeitos de sua Bondade. Nossa volta para Deus deve corresponder aos curso da distribuição de suas graças.
Assim como os benefícios de Deus chegam até nós pela intercessão dos santos, do mesmo modo devemos nós chegar até Deus, a fim de recebermos novamente seus auxílios, por intermédio dos santos.
Esta é a razão porque temos os santos como nossos intercessores e ao mesmo tempo como medianeiros diante de Deus, pedindo-lhes que roguem por nós”.
Notem as palavras:
Isto requer a ordem da lei divina, e notem igualmente estas: assim como mediante os sufrágio dos santos nos vem a graça de Deus, pelo mesmo caminho devemos nós outros voltar para Deus, a fim de recebermos novamente sua graça por mediação deles.
Assim, segundo São Tomás, a ordem da lei divina requer que nós, mortais, nos salvemos por meio dos santos, recebendo, por sua intercessão, os auxílios necessários à nossa salvação.
Objeta, então, o Angélico, dizendo ser supérfluo recorrer aos santos, quando Deus é infinitamente mais misericordioso e inclinado a atender-nos.
Responde ele mesmo que o Senhor dispôs assim, não por defeito de seu poder, mas para conservar a ordem reta e universalmente estabelecida de operar por meio de causas segundas:
“Não é, diz o santo, por defeito de sua misericórdia, senão para que seja mantida a ordem supra explicada”.
*   *   *
Fonte: retirado do livro “A Oração” de Santo Afonso de Ligório.

terça-feira, 21 de julho de 2015

SER DISCÍPULO DE CRISTO É SEGUI-LO INCONDICIONALMENTE!

Religião

Quando se resolve uma desavença, abre-se mão de alguns valores. Mas há valores que são irrenunciáveis.

Quando uma pessoa vai conversar com outra para resolver alguma desavença, ela sempre leva consigo alguns valores, valores renunciáveis que deve haver de ambas as partes para que o acordo seja feito, e também aqueles valores dos quais não abre mão: os valores irrenunciáveis.

“Se alguém quer vir após mim, negue- se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me”. (Lc 9,23).

Quando uma pessoa vai conversar com outra para resolver alguma desavença, ela sempre leva consigo alguns valores, valores renunciáveis que deve haver de ambas as partes para que o acordo seja feito, e também aqueles valores dos quais não abre mão: os valores irrenunciáveis.

Acredito que não é segredo para ninguém que um valor grandioso que carrego comigo é a fé católica que professo. E não sou católico que desconhece o significado da palavra “católico”, que não conhece Jesus Cristo nem a Sua Igreja e tampouco o evangelho. Sou católico por convicção, ou, como bem dizia o meu ex-pároco, frei Inocêncio Pacchioni: “Não sou tão leigo assim”. Não sou perfeito; só Deus é perfeito. Carrego comigo, como todas as pessoas falhas, pecados que precisam constantemente ser corrigidos ao longo da vida. E tenho essa convicção porque fui chamado “pessoalmente” pelo Senhor. Desde que me aproximei d’Ele, inicialmente por caminhos tortuosos, mas que serviram para fazer de mim quem hoje sou, Ele não me abandonou e a minha convicção é tão grande que considero preferível ser ateu a professar uma fé que não seja a fé católica.

No trecho de Lucas acima citado, Jesus coloca duas condições para segui-lo: “negar a si mesmo” e “carregar a sua cruz”. A primeira tem relação com a segunda. O que seria negar a si mesmo senão deixar de lado os próprios instintos puramente carnais? E que cruz seria essa senão a de ter que negar a si mesmo, as próprias vontades e desejos? De fato, “minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou” (Jo 7,16). Por isso o verdadeiro discípulo de Cristo “não anuncia a si mesmo” (v.18), as suas convicções, os seus desejos e pensamentos, mas Aquele que o chamou e escolheu. Acontece, porém, que o sistema inteiro sob o qual vivemos é muito, muito afastado de Cristo. Pode não haver respostas, mas nós temos que fazer pelo menos as perguntas. A nossa inteligência, como católicos, não pode deixar de notar a violência satânica e cheia de segredos terríveis que é perpetrada pelo nosso governo!

A fé católica nos convida à pobreza, à castidade e à obediência. E o que eu descobri é que estes três estados de vida são incrivelmente empolgantes e desafiadores! Eles nos dão um tipo de liberdade e de “consciência de ser” que é completamente inexistente no meio da nossa cultura entorpecente. O fato é que quanto mais nos aproximamos de Cristo, e consequentemente da Igreja Católica, que é o Seu Corpo, mais nos assemelhamos a Ele no agir, no pensar e no falar, e, por isso, recebemos em nosso corpo as marcas (chagas) do corpo de Jesus (cf. Gl 6,17). O que são estas feridas senão a oposição do mundo? De fato, se alguém se diz cristão e não possui em si as chagas do crucificado, é mentiroso. Se alguém se diz católico e não sofre quando vê a Igreja de Cristo sofrer ataques de todas as formas e não sente em si mesmo esta dor, é mentiroso; pois se a Igreja é o Corpo do Senhor e nós somos membros deste Corpo, e, conforme o apóstolo Paulo, “se um membro sofre, todo o corpo sofre com ele” (cf. 1Cor 12,26), como posso eu, membro do corpo, não sentir as dores do corpo ainda que a ferida não esteja diretamente em mim?

É hora de os filhos de Deus se revelarem ao mundo e é pelos frutos que os conhecemos. A fé acompanhada de obras mostra quem é verdadeiramente discípulo de Cristo! E Cristo não aceita titubeios: ou se “está com Ele ou não está” (cf. Mt 12,30). Não há meio termo: “Conheço as tuas obras: não és nem frio nem quente. Antes fosses frio ou quente! Mas, como és morno, nem frio nem quente, eu te vomitarei” (Ap 3,15-16). É por isso que repito: se alguém não crê na mensagem de Jesus que nos é transmitida por meio da Sua Igreja Católica (cf. Lc 10,16), se alguém não está disposto a se tornar pequeno como uma criança (cf. Mt 18,3), a renunciar a tudo o que tem (cf. Lc 14,33), a negar a si mesmo, a carregar a sua cruz (cf. Lc 9,23) sem “olhar para trás” (cf. Lc 9,62), esse alguém não é digno do Senhor, não é digno do Seu Reino, não pertence à Sua Igreja e não possui a Deus por Pai. É neste sentido que aquilo que professamos com a boca deve corresponder ao nosso comportamento e também ao nosso pensamento. Examinemos, pois, as nossas verdadeiras intenções, osCristo veio para salvar os pecadores (cf. Lc 5,32) e Ele tem mais compaixão dos pecadores que se arrependem que dos hipócritas que fingem ser o que não são. Portanto, quem é joio se comporte como joio e quem é trigo se comporte como trigo. “O injusto faça ainda injustiças, o impuro pratique impurezas. Mas o justo faça a justiça e o santo santifique-se ainda mais” (Ap 22,11). Pois, no dia do juízo, o Senhor terá mais misericórdia “daqueles que, ignorando sem culpa o Evangelho de Cristo e a sua Igreja, no entanto procuram Deus com um coração sincero e se esforçam, sob o influxo da graça, por cumprir a sua vontade conhecida através do que a consciência lhes dita” (CIC 847) do que daquele que, estando fisicamente no Seu Corpo, não está espiritualmente ligado a ele por pensamentos, palavras e ações.
 
"Não combater o erro é corroborá-lo. Não defender a Verdade é suprimi-la" (Papa São Félix).

Se não estamos com Ele, estamos contra Ele. A mensagem de Jesus é para mim um valor irrenunciável, ainda que tenha de perder amigos preciosos, ainda que todos venham contra mim, ainda que o mundo se oponha, ainda que veja aqueles que amo se afastando de mim por causa da mensagem de Jesus, e, embora fique muito triste com isso, não abrirei mão destas verdades de fé, pois quem tem a Deus tem tudo. Como diz o apóstolo: “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada? Realmente, está escrito: por amor de ti somos entregues à morte o dia inteiro; somos tratados como gado destinado ao matadouro” (Rm 8,35-36).

Ao Senhor peço apenas a graça de poder continuar em Seus caminhos e sabedoria, a fim de perseverar nesta caminhada cada vez mais difícil; afinal de contas, quem disse que seria fácil? Em Mateus, 10, Jesus disse que seus discípulos são enviados como “ovelhas no meio de lobos” (v.16) e pediu que tenham “cuidado com os homens” (v.17), pois “serão odiados por todos por causa do Seu nome” (v.22); disse ainda, porém, que não devem temer aqueles que “matam o corpo, mas não podem matar a alma” (v.28).
 
Quanto a mim, “não quero gloriar-me a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Gal 6,14) a quem anuncio; sim, “meu zelo me consome, pois os meus adversários desdenham das Tuas palavras” (Sl 119,139), mas "o Senhor completará o que em meu auxílio começou. Senhor, eterna é a vossa bondade: não abandoneis a obra de vossas mãos" (Sl.137,8). Embora "os inimigos da Igreja sejam meus inimigos pessoais" (S. Jerônimo), “uma só coisa peço ao Senhor e só esta eu procuro: habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para ali admirar a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário” (Sl 26,4). Amém!  nossos pensamentos, e vejamos se correspondem ao nosso proceder.
Fonte: Aleteia
 

domingo, 19 de julho de 2015

AS CONTAS DO ROSÁRIO!



O Rosário: repetição ou meditação?
Jonathan Caldas - 2015/07/15
   
Tivemos a oportunidade de escutar muitas vezes pessoas que dizem: "Isso de rezar o rosário é muito chato. Ter que repetir Ave Maria... Santa Maria... não sei quantas vezes, não termina nunca! Não tem sentido ficar repetindo as mesmas palavras como um papagaio". Com leves variações, quase sempre dizem o mesmo. E, claro, não é de estranhar-se que alguém que rosario.jpgestá acostumado a entretenimentos sensacionais ou virtuais, onde a alegria e a diversão vem de imediato, não sinta interesse pelo rosário. É algo natural em nosso contexto atual. Mas em vez de tratar das desvantagens e defeitos a que tendem os entretenimentos baseados, sobretudo, no prazer, consideraremos algo que parece ser muito esquecido, ou talvez ignorado.
Se rezar o rosário nos parece algo monótono e meio pesado, é muito provável que seja porque não o estamos fazendo bem, pois senão que sentido há quando dizemos no primeiro mistério contemplamos... no segundo... e assim por diante. É por isso que rezar o rosário não consiste somente em dizer um determinado número de vezes o Pai Nosso e a Ave Maria. Temos que meditar, quer dizer, contemplar e admirar interiormente os episódios da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo conforme o Rosário nos convida, e deste modo não só teremos gosto por rezá-lo mas também teremos encontrado um excelente meio para nossa santificação, pois a alma se assemelha àquilo que admira.
No entanto, pode suceder que alguém não saiba como fazer uma meditação, e certamente há pessoas que tem dificuldade em realizá-la. É justamente o que queremos abordar nestas linhas.
A "composição de lugar"
Uma das coisas mais convenientes para meditar -como o assinalou Santo Inácio em seus célebres exercícios espirituais- é elaborar uma "composição de lugar", ou seja, imaginar as cenas da vida de Jesus Cristo e de sua Santa Mãe como algo que nós mesmos estamos vendo e desta maneira fazer-nos presentes naqueles momentos, como se vivêssemos neles, vinculando-nos a nossas vidas de maneira especial. Também podemos imaginar algumas particularidades desses fatos como sons, vestidos, cores, o ambiente e o clima do dia em que ocorreram, as fisionomias dos personagens que neles se encontravam, e assim, tudo o que nos ajude a concentrar nossa atenção. Deste modo, meditar já não será uma coisa meramente abstrata e teórica; a meditação se tornará mais fácil.
Já que entramos nesse assunto, nada melhor que exemplificar, pois como reza o sábio adágio "as palavras movem; os exemplos arrastam". Para isso, aproveitemos a festa da Visitação de Maria Santíssima a sua prima Santa Isabel que a Santa Igreja celebrou no dia 31 de maio -justamente um dos mistérios do rosário- para mostrar uma das inumeráveis maneiras de meditar este episódio, que poderá servir ao longo de nossa vida, e se verá que não é tão fastidioso e difícil como alguns pensam.
Sabemos, pelo Evangelho, que na Anunciação, o Arcanjo São Gabriel diz a Maria Santíssima que sua prima estava no sexto mês de gravidez, apesar de ser estéril. Nossa Senhora sabia que Santa Isabel já era anciã e portanto necessitava de ajuda, e sentiu o desejo de colaborar nos afazeres de sua prima, mãe do precursor de seu Divino Filho: São João Batista. Assim, a Virgem seguindo a inspiração do Espírito Santo viajou para a casa de Santa Isabel. Mas não havia telefone para avisar que iria para lá; nem dinheiro para viajar; nem transporte a não ser um burro que São José conseguiu, e que burro! O burro mais feliz da história: conduziu o Patrono da Igreja, e nada mais nada menos que a Rainha do Céu e da terra.
Nossa Senhora e São José teriam que viajar por um caminho pouco transitado, talvez muito por ladrões que os podiam assaltar em qualquer momento, o que constituía um perigo de morte para todos. O caminho era muito quebrado e desigual,seja pela chuva ou deslizamentos, além do que podia estar todo cheio de barro e não esqueçamos que para eles não havia outro meio que caminhar, de sandálias... Realmente tinha que se pensar duas vezes em fazer uma viagem dessas; quem sabia se iriam voltar, ou pior, se ao menos chegariam a casa de Santa Isabel. Mas, Maria Santíssima que não temia nada por confiar inteiramente em Deus, saiu com toda a pressa, resoluta a cumprir com seu dever. Assim, fizeram todos os preparativos da viagem, apesar de que não havia muito o que levar, e começaram o longo caminho por percorrer.
A princípio foi muito fácil e de quando em quando Nossa Senhora, fruto de sua bondade, pedia a São José que se sentasse no burro no lugar dEla para que ele descansasse um pouco. Mas o Santo não aceitava: sua principal preocupação era a comodidade da Mãe de Deus e não a sua. Apesar disso, teve que aceitar que às vezes Ela descesse do animal e caminhassem juntos.
Em determinado momento tinham que passar por uma perigosa trilha que, por um lado tinha somente rochas, e pelo outro um precipício. Qualquer passo em falso e se acabava a história. Mas São José, muito prudente, analisava bem como fazer para passar; rezava pedindo a ajuda dos anjos, olhava para o burro e se dava conta que seria muito complicado passar com ele. Nossa Senhora deveria desmontar-se do animal o qual ficaria esperando amarrado a uma árvore. São José, colhendo delicadamente a mão de sua Esposa, a ajudou a passar para o outro lado. O terreno era úmido, Ela escorregou, uma pedra noTerco.jpg meio lhe impediu de equilibrar-se, iria cair... mas São José a sustentou e juntos conseguem atravessar o precipício. Agora o burro. A Virgem rezou para que ele não caísse, se caísse, que desastre! Então, Ela rezou e seu Esposo tentou conduzir arriscadamente o burro por aquelas pedras... E até aqui chegamos por hoje.
Podemos imaginar todas as possíveis dificuldades que teve a Sagrada Família no caminho e os inumeráveis percalços que nele puderam suceder, pois ainda que não saibamos exatamente como foi aquele trajeto, podemos estar seguros de que nossa imaginação não chega nem perto do que realmente ocorreu. Não é possível que o que poderíamos chamar de biografia de Deus e de sua Mãe seja menos fascinante que a história humana. Portanto, é lícito que usemos a imaginação para focalizar, o melhor possível, nossa atenção a aqueles fatos que só se poderiam escrever inteiramente por milagre de Deus.
Se o tentamos Deus, vendo nossa boa intenção de conhecer e admirar sua vida, nos dará graças propícias para imaginar e refletir sobre aquilo que a Ele lhe agrada. Se alguém não se convenceu: tente mais vezes, e se ainda assim não o logra, não se desanime nem se impaciente já que Deus prova com diversas dificuldades aqueles que ama.
Assim, quando formos rezar o rosário, recordemos que a imaginação pode ser uma boa amiga para tal, mas por outro lado, não esqueçamos que quando se usa para pensar o que não se deve, então será um dos nossos piores inimigos. E quem sabe se não é pior que o desprezo pela oração.
 
Por Jonathan Caldas
Traduzido por Emílio Portugal Coutinho
Fonte: Arautos