segunda-feira, 31 de julho de 2017

O QUE FAZES QUANDO ENCONTRAS UM TESOURO?

São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja 
Homilia sobre o Credo 

«O reino dos Céus é semelhante a um tesouro»
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É lógico que o fim de todos os nossos desejos, isto é, a vida eterna, seja indicado no fim de tudo o que nos é dado a crer no Credo, com estas palavras: «A vida eterna. Ámen.» [...] Na vida eterna acontece a união do homem com Deus [...], o louvor perfeito [...] e a perfeita saciedade dos nossos desejos, pois cada bem-aventurado ainda possuirá mais do que esperava e pensava. Nesta vida, ninguém pode saciar os seus desejos; nunca nada criado poderá saciar os desejos do homem. Só Deus sacia, e fá-lo infinitamente. É por isso que só podemos repousar em Deus, como disse Santo Agostinho: «Fizeste-nos para Ti, Senhor, e o nosso coração anda inquieto até que repouse em Ti». 
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Uma vez que, na pátria, os santos possuirão a Deus de um modo perfeito, é evidente que, não apenas o seu desejo será saciado, mas ainda transbordará de glória. É por isso que o Senhor diz: «Entra no gozo do teu Senhor» (Mt 25,21). E Santo Agostinho observa, a esse respeito: «Não é toda a alegria que entrará naqueles que se alegram; são aqueles que se alegram que entrarão inteiramente na alegria». Diz um salmo: «Quero contemplar-Te no santuário, para ver o teu poder e a tua glória» (63,3); e outro: «Ele satisfará os desejos do teu coração» (Sl 37,4). [...] Porque, se desejamos as delícias, nelas encontraremos a satisfação suprema e perfeita, que consiste no bem soberano que é o próprio Deus: «delícias eternas à tua direita» (Sl 17,11).
Fonte: EAQ


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