terça-feira, 20 de junho de 2017

OS PASTORES VELAM PELAS SUAS OVELHAS MESMO EM MOMENTOS NO LIMITE!

FACEBOOK - PROFILES Facebook - profiles | Jun 19, 2017

Carta aos padres de Portugal

"Vivemos horas dramáticas e inimagináveis neste nosso Portugal, com …
AFP PHOTO / PATRICIA DE MELO MOREIRA
A man stands on the roadside watching a wildfire at Anciao, Leiria, central Portugal, on June 18, 2017. A wildfire in central Portugal killed at least 25 people and injured 16 others, most of them burning to death in their cars, the government said on June 18, 2017. Several hundred firefighters and 160 vehicles were dispatched late on June 17 to tackle the blaze, which broke out in the afternoon in the municipality of Pedrogao Grande before spreading fast across several fronts. / AFP PHOTO / PATRICIA DE MELO MOREIRA

"Vivemos horas dramáticas e inimagináveis neste nosso Portugal, com perdas, lágrimas, desesperos e angústias indescritíveis"

Caros Padres, Pastores do Povo de Deus que nos foi confiado:
Decerto temos todos gravadas no coração e na alma as repetidas palavras do Papa Francisco: “pastores com cheiro de ovelha”.
Esse e apenas esse pode ser o nosso caminho, a nossa opção pastoral, a nossa vida de cada dia. 
Vivemos horas dramáticas e inimagináveis neste nosso Portugal, com perdas, lágrimas, desesperos e angústias indescritíveis, diante do fogos que devastam e destroem, sufocam e matam!
Homens e mulheres, crianças e jovens, sentem-se agora sem rumo, horizontes, esperanças e sonhos.
Decerto que rezamos e pedimos que rezassem pelas vítimas desta tragédia. E sabemos e cremos no poder da oração.
Mas creio e peço que não nos fiquemos por aqui. Que passemos das preces, das homilias, das palavras, dos “pesares”, a actos de profunda solidariedade, comunhão e cumplicidade para com essas “ovelhas” que se sentem tresmalhadas, abatidas, destroçadas!
De mais perto ou mais longe, urge que mostremos a nossa missão de Pastores comprometidos com esses irmãos; a compaixão e a misericórdia, a comunhão e a solidariedade têm de se tornar gesto, vida, oblação, gratuidade, começando por nós próprios.
Que peço a cada um de nós?
A caridade, a ousadia, a beleza, de um gesto que nos mobilize e comprometa com essas gentes amarguradas e abatidas!
Que sejamos capazes de renunciar à nossa remuneração/ordenado, deste mês, e a ofereçamos às gentes de Pedrógão Grande.
Do menos ou mais que possamos receber como fruto do nosso ministério, ousemos a renúncia disso mesmo em favor desses filhos de Deus que também o são nossos.
Muitas migalhas fazem um grande pão. Pão de vida, de esperança, que trave os desesperos, as perdas, as lágrimas que correm por demasiados rostos e corações.
Cada um de nós saberá fazer chegar esse gesto de amor e abnegação a esse Povo.
Vivamos a experiência da doação com os sentimentos da fé, do amor, que todos os dias pregamos nas nossas igrejas, grupos, comunidades…
Mesmo que nos custe, sejamos sinal de uma Igreja que passa das palavras aos gestos nobres e proféticos.
Que aquilo que recebermos este mês como fruto do nosso trabalho seja, pois, partilhado sem medos, com esses nossos irmãos.
Hoje mesmo desejarei viver essa experiência da comunhão e da solidariedade. E comigo, sejamos muitos, sejamos todos, Pastores que desta forma também dão a vida pelas suas ovelhas…
Fonte: Aleteia-Padre António Teixeira

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