De mãe para mães: como afastar eficazmente os seus filhos da Igreja! |
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Eu vivi uma grande conversão: sou uma definição ambulante de “metanóia”. Minha vida mudou da água para o vinho em questão de meses: tudo se transformou, desde o meu modo de vida até as coisas que eu achava que fossem verdadeiras. De bêbada em bares de swingers, eu me transformei numa devota católica romana em pouco mais de um ano.
A minha conversão aconteceu porque Deus é maravilhoso e por causa de pessoas que me amavam; pessoas daquela que, depois, se tornou a minha paróquia: desde a mulher da recepção, que me ajudou a matricular os meus filhos nas aulas de catecismo, até cada um dos sacerdotes. Foi ali que eu conheci a fé católica de um modo acolhedor e amoroso.
Ficou claro, para mim, desde o início da minha conversão, que a minha missão na vida é contar às pessoas o que Cristo fez por mim. Eu sou uma evangelizadora. A minha vida é um grande testemunho de que ninguém nunca poderá chegar longe demais a ponto de não poder ser resgatado pela graça.
A minha história implica, é claro, que os meus filhos foram excelentemente evangelizados, certo?
Errado.
Eu tenho quatro filhos e três enteados. Meus filhos e eu conhecemos a Igreja ao mesmo tempo, e o meu marido e eu nos casamos pouco depois. Alguns meses mais tarde, meus enteados receberam todos os sacramentos da iniciação. Nós nos tornamos, assim, em apenas um ano, uma família de nove católicos plenamente iniciados. Eu achava que o “felizes para sempre” estava garantido na história da nossa vida.
Mas não estava.
Hoje, dos nossos sete filhos, dois são católicos praticantes; um tem transtorno obsessivo-compulsivo e, como parte desse transtorno, uma relação desordenada com a religião; outro sabe que Jesus está vivo, mas enfrenta problemas com a atração pelo mesmo sexo; outro não vai à missa, tem filhos fora do casamento e vive em coabitação com a namorada; outro é hippie e fuma maconha; e o último está tão desnorteado quanto um gato perdido.
Como foi possível que alguém com a minha história de conversão chegasse a ter apenas dois dos sete filhos vivendo o relacionamento com Cristo?
Eu respondo: fui uma “péssima” convertida.
A minha vida tinha sido tão encharcada de pecado, de todos os pecados que você puder imaginar com exceção do homicídio, que a minha conversão e o esforço de ser uma católica devota num bairro de classe média gerava em mim uma avalanche de inseguranças em relação a “fazer parte” da Igreja – e, principalmente, “ser vista” como parte da Igreja. Não é que alguém em concreto fizesse com que eu me achasse rejeitada: eu mesma é que achava que nunca seria boa o suficiente. Tudo o que eu conseguia ver era o quanto a minha família e eu estávamos longe do ideal.
E então eu comecei a incomodar a todos na minha família, insuportavelmente. Eu os mandava vestir-se “direito”, sentar-se “direito”, rezar “direito”, parecer “direitos”, comportar-se “direito” e assim por diante. Eu não os deixava questionar nada. Eu declarava que, se eles não fossem à missa, não poderiam mais morar na minha casa. Eu cheguei a expulsar o meu filho mais velho de casa, certa vez, porque ele faltou a uma missa, quando tinha 17 anos.
Eu estava reduzindo a minha família a um “meio” para um “fim”. Eu os coisifiquei para provar a todos que aquela moça que tinha sido imunda a vida inteira agora pertencia mesmo a uma paróquia católica de classe média.
Eu nunca consegui provar isso. E, nessa tentativa insana, o que eu consegui foi empurrar os meus filhos para longe de Deus.
Eu tinha medo do que as pessoas pensariam de mim se eu não criasse “bons rapazes católicos”. A minha única preocupação, no entanto, deveria ter sido com a alma deles, e não com a opinião dos vizinhos.
Hoje, depois de muitos anos, eu reconheço que não posso fazer ninguém acreditar em algo. Que todos têm o direito de questionar o que acharem necessário. E encontro a paz sabendo que o amor de Deus pelos meus filhos é maior do que o amor que eu própria jamais poderia ter por eles. Deus saberá como ajudá-los para que eles um dia O conheçam. Se Ele pôde irromper na minha vida e me guiar de volta para casa, Ele pode fazer isso com qualquer pessoa.
Como vamos trazer os nossos filhos de volta para a Igreja?
É realmente simples: amando-os e orando por eles.
Quando eu sinto o pânico me invadindo, eu faço esta oração:
Amado Menino Jesus, por favor, ajuda-me a ser a mãe que Tu queres que eu seja para os meus filhos. Por favor, dá-me a graça de amá-los quando eu quero dizer a eles o que fazer, e de confiar em ti, que vais protegê-los quando eles tropeçarem, como me seguras e me levantas quando eu caio. Amém.
Santíssima Mãe querida, por favor, coloca na vida dos meus filhos as pessoas que vão apresentá-los ao teu Filho. Ajuda-me a confiar em Deus e a saber que Ele ama os meus filhos ainda mais do que eu os amo. Amém.
Fonte: Aleteia
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quinta-feira, 19 de novembro de 2015
UM TESTEMUNHO VERDADEIRAMENTE IMPACTANTE!
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